domingo, 4 de junho de 2023

Aqui onde a fronteira está a um salto, a televisão "tdt" mantém o seu estado normal, a hibernar. Não fosse este pequeno aparelho e nem sabia como ia o mundo noticioso do pensamento único ocidental.

Há sempre coisas a fazer embora este velho corpo já não apresente disposição para grandes trabalhos físicos que quando executados logo aparecem umas dores a dizerem-lhe que passou o limite do sinal vermelho.

Ontem ao limpar as videiras e as ervas que as rodeiam lá vi a muda de pele de uma cobra. O que ela andou a fazer por aqui, nem imagino, a não ser que tivesse vindo ao ninho que os pardais fizeram na caleira junto à parede, não sei, nem imagino.

Vou dar o passeio matinal um pouco mais cedo. Vou olhar as oliveiras na Balasca, embora não sejam os meus olhos especialistas em ver já o pequenino fruto das mesmas, mas a "chora" nos ramos a secar não é bom prenúncio. A chuva fez muita falta para tudo.

Fui e vi que tenho lá trabalho a fazer, pois as oliveiras estão com muitos “ladrões” (rebentos na base, junto à terra). Não contava com este petisco, mas lá terei de os ir cortar.

Depois de acabar as coisas aqui no quintal, vou para lá ou deixo a limpeza para a próxima vinda já que na Horta da Corona há trabalho idêntico para fazer.

Outro alguém diria que, como aquilo não é só meu os outros que limpem também os tais ladrões, mas dos vários herdeiros só eu é que venho cá e tenho tratado delas, pelo que enquanto o corpo deixar e puder irei cuidar do chão. Tenho sempre presente que para o meu pai a oliveira era uma árvore sagrada. Qualquer daquelas oliveiras é muito mais velha que eu, resistindo aos muitos anos de seca, de calor tórrido, de frio gelado e até de quase abandono antes de me virem entregar os chões do meu tio João Capelo.

Depois do pequeno almoço, torrada com manteiga e alho esmagado, fui até à praça em Idanha-a-Nova, pagar ao João o que ontem lhe fiquei a dever das coisas que lhe comprei, passando depois pelo talho para comprar umas morcelas, umas costeletas de porco e como tinham lá fígado de vaca comprei umas três iscas, para grelhar a acompanhar com a morcela.

No regresso passei na fonte dos Tourinhos para encher uns garrafões de água para beber. A Junta de Freguesia em vez de mandar analisar a água, mandou colocar lá um aviso de "água não controlada" isentando-se desse modo a qualquer futura responsabilidade já que o medo está sempre presente no mundo noticioso deste nosso pobre país, havendo quem ache que o lavar da responsabilidade como um dia conta a história que um tal romano fez pela antiga Judeia, seja o melhor para as populações que os elegeram para cuidar dos seus interesses públicos, onde as fontes pelo papel que desempenharam no passado são um bem publico e nunca um problema.



 

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