domingo, 4 de junho de 2023

 

Cheguei há três dias. As televisões raramente as ligo. Uma delas ainda nem a liguei à corrente elétrica. A da cozinha ligo-a ao pequeno almoço e ao jantar alguns minutos. Nesse pouco tempo prestei atenção à TV E na sua reportagem sobre o mau ano que os vizinhos anteveem para o olival e consequente produção de azeite para o próximo ano. Tudo pela ausência da chuva que teimou em não cair a preceito moderado na sua época.

Por cá não sei o que dizem os responsáveis, sejam políticos ou representantes de associações corporativas, preocupados que andam os políticos em só agora saberem da seca que já leva anos a falta de chuva agravando a situação ano após ano.

Aqui, o sistema TDT chega-me, até porque com a idade vou ficando mais conservador e teimoso, pelo que não sinto necessidade de ter muitos canais informativos de pensamento único, onde o que varia é a forma como os “servos-papagaios” articulam as palavras. Não sou grande cliente de canais privados. Como sou obrigado a pagar uma taxa para a RTP, essa empresa chega-me ou chegar-me-ia se os seus dirigentes políticos e gestores me merecessem respeito; como os gestores são de qualidade duvidosa alinham pelo mesmo nível da fraca qualidade dos canais privados, por isso não nutro por tais individualidades qualquer respeito, não lhes dando mais tempo de antena do que o estritamente necessário para ouvir notícias e algum outro raro programa. Alguma rádio é suficiente para ir vivendo.

Pela Internet vou sabendo do que vai acontecendo no país assim como no mundo designado por ocidental com o futebol, a guerra lá pela Ucrânia, a luta de baixa política entre governantes e opositores internos, depois aconteceu a coroação de um novo rei, mas como sou republicano essas cenas monárquicas pouco me dizem, respeito-os e sigo o meu caminho.

Agora neste dias foram as peregrinações, religiosa a maior, mas a do futebol é mais duradoura. Já fui religioso, hoje tento compreender o fanatismo da fé qualquer que seja o credo religioso, relembrando a frase de um antigo padre católico "Deus na sua transcendência a todos quer bem", e sigo o meu caminho.

Quanto ao futebol, o capitalismo que sempre busca novas formas de negócio viu no mundo do futebol uma máquina poderosa de "lavar dinheiro sujo" fazendo dos artistas da bola novos escravos, onde alguns são escravos-ricos, outros escravos-milionários e a grande maioria dos artistas da bola simples escravos-iludidos no sonho da vida fácil que o dinheiro que corre nessa mal designada industria lhes pode proporcionar. Depois há os oficiais e oficiosos cartilheiros a acompanharem “papagaios” na difusão do boato, da dúvida que potência o fanatismo-clubite transformando-o numa nova doença social, que divide e cria inimizades entre amigos e mesmo entre familiares, mostrando como a sociedade que ajudámos a criar se encontra anémica e doente, nas mãos de gente sem rosto nem alma.

Sou um ramo de uma árvore que um dia o amor entre cristão-velho e cristã-nova gerou, graças ao Marques de Pombal que acabou com mais essa ignóbil lei criada pelo fanatismo religioso apostólico romano, a Inquisição. Educado no modelo tradicional do Estado Novo, não tenho medo nem vergonha de dizer que não gosto dos princípios muçulmanos, respeito-os em sentido lato mas não gosto. Como tal nunca simpatizei com Ergodan. Não sei se ganhará à primeira, à segunda ou não. Chamou-me a atenção a publicidade ocidental ao líder da oposição a Ergodan. Perguntei à minha sombra o porque, que a sorrir me disse, ser agora Ergodan pessoa não grata no seio da NATO pela posições e medidas que tem tomado no conflito que a NATO tem com a Rússia na Ucrânia. Talvez seja isso. Talvez as notícias que chegam fora do pensamento único vigente, noticias que retratam uma aproximação entre a Turquia e a Síria, assim como o Irão com a Arábia Saudita, tenham feito soar o alarme no seio dos estrategas geopolíticos que mandam e querem decidir sobre o futuro agressivo da NATO na Ásia Menor.

Na guerra em curso mantenho que ainda estava longe a madrugada de 22 de Fevereiro 2022, já a Verdade tinha desertado para bem longe dalí. Hoje a ilusória democracia ocidental censurou vídeos que estavam na net que retratavam não só o que se passou no golpe de estado de 2014 em Kiev, como os desenvolvimentos seguintes de apoio às milícias nazis patrocinadas e ou consentidas pelos que a mando dos americanos estam no poder na Ucrânia. Ao publicar umas fotos dessas milícias nazis logo o algoritmo censor do Facebook me silenciou por vinte nove dias. Não gosto de milícias privadas, sejam elas Azov, Setor Direita ou Wagner, todas integram mercenários nazis amantes da pureza da raça. Sou contra esses pequenos exércitos privados, os quais representam para a minha opinião um retrocesso civilizacional, fazendo lembrar tempos da Idade Média em que nobres e bispos tinham exércitos mais poderosos que o próprio rei. Mesmo sendo eu um quase nada, sou um defensor do Serviço Militar Obrigatório, adaptado à realidade do tempo em que se vive. Um país para ser Livre e Independente não deve, não pode estar sujeito a caprichos de milícias privadas.

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