domingo, 14 de fevereiro de 2021

21.02.12

 

Mais um tal «estado de emergência» sem futuro anunciado. Eu, que sou pouco mais que nada, continuo em desacordo com as medidas anunciadas sob o chapéu de chuva esburacado desta união de facto encapotada dos órgãos de soberania. Chapéu de chuva esburacado por onde ao sabor da “acordeão governativo” passam os interesses dos «mandantes económicos e financeiros» deste país.

Ainda em Dezembro as autoridades autárquicas enchiam as ruas com cartazes hipócritas pedindo para se comprar no comércio local. Hipócritas, pois ao longo dos anos as autarquias nos grandes centros populacionais com ou sem PDM´s foram favorecendo a instalação de grandes superfícies (hipermercados, supermercados, centros comerciais), sem visão política de futuro acenando com o mascarado desenvolvimento, contribuindo desse modo para a falência do pequeno comércio de bairro, de rua levando ao encerramento das mercearias, de lojas diversas, das livrarias, das papelarias, drogarias etc etc etc.

Sei que sou pouco mais que nada, mas temos mais um «estado de emergência» em que se tomam medidas que deveriam envergonhar quem as promove. Refiro-me à questão dos livros e até do material escolar. Numa medida cega no anterior «estado de emergência» proibiram-se as livrarias de abrirem as suas portas, proibindo-se vendas dos livros até nos supermercados. O porque de tal “cientismo” nunca nenhum especialista dos “yes” explicou já que ∀a∈R;a.0=0. Agora continua-se a proibir os pequenos editores e livreiros (leia-se também micro, pequenos e médias empresas e empresários) de poderem lutar contra a morte anunciada. Contudo, nos vários buracos do chapéu de chuva promulgado cede-se aos poderosos da grande distribuição e dos grandes editores e livreiros a venda dos seus livros nas suas lojas de supermercados onde a oferta dos mesmos é muito pouco diversificada obedecendo a regras e objectivos específicos de lucro pouco culturais.

Talvez por ser já pouco mais que nada, não entendo estes «estados de emergência» com estas medidas e muitas outras.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.