Ouvir falar a sra. Joana Vidal sobre combate à corrupção agradará a muitos e fará urticária a muitos outros. Encontro-me nestes últimos. Como pode a senhora falar de que «a estratégia à corrupção é pouco ambiciosa» quando durante o seu mandato mandou ou aceitou arquivar processos como os casos dos submarinos e da Tecnoforma?
É por estas e por outras que acredito que o melhor que nos pode acontecer é nunca ficarmos à mercê dos pareceres de tantos ilustres personagens que vivem da Justiça e dos casos de justiça, fazendo com que esta mesma seja uma das páginas negras da nossa Democracia. Acabo de ler no jornal Publico de hoje « a técnica de apoio à vítima Catarina Neves viu qualquer hipótese de justiça ruir ao ouvir o juiz exclamar: “Parece tolinho!”… o rapaz de 22 anos, agredido pela mãe e pelo padrasto, parece-lhe paradigmático. Do processo constava informação psicológica, com as suas dificuldades cognitivas» É de fugir de gente como esta que se julgam intocáveis e talvez sagrados, sei lá. Também a Justiça precisa de uma outra Justiça porque ainda há muitos « juízes inquisidores» que vivem muito lá atrás no tempo e já passaram 200 anos.
Quem não gostaria que as medidas e ferramentas de combate à corrupção fossem aprovadas de forma clara, transparente e simples?
Depois, os políticos queixam-se do desinteresse em eleições e outros lamentam o desabrochar dos antigos ideais salazarentos.
Quem não fica revoltado com o enriquecimento supersónico de alguns políticos, amigos de políticos e empresários que vivem à sombra das saias do Estado?
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