quarta-feira, 9 de junho de 2021

21.06.08

 



44 anos não são quarenta e quatro dias nem tão pouco quarenta e quatro meses. 44 anos são muitas luas em que o tempo da vida por mim passou, deixando as marcas que o mesmo sempre deixa na vida da gente. Marcas, umas boas outras nem tanto; umas que são saudades boas e outras que se arquivaram bem lá no fundo da memória.

Há já quarenta e quatro anos. Um dia que marca a vida de um homem, de uma mulher e de um casal. Um dia em que vi concretizar-se o sonho que anos antes num dezanove de Maio então em terras angolanas na bonita cidade de Luanda quando regressava de férias tinha decidido numa conversas com os deuses dar como nome a uma filha minha, Catarina.

De pouco valeram as sugestões dadas por familiares que naquele tempo era o pai que se deslocava à conservatória para registar o novo ser humano nascido na grande Maternidade Alfredo da Costa. Se o novo ser humano fosse rapaz era a mãe que decidia o nome, se fosse menina era eu que escolhia e assim ficou Catarina até hoje e mais o tempo que a vida lhe der.

Foram anos, foram tempos em que a vida no mundo parecia mudar mais depressa que a própria cadência dos ponteiros que assinalam a passagem do mesmo por nós. Um tempo em que a partir daquele dia a vida mudou porque tinha acabado de nascer um ser que não

foi ouvido no acto de amor que o gerou, cabendo a nós pais toda a responsabilidade de o fazer crescer em segurança para que um dia pudesse voar por si própria para desse modo poder construir a sua própria vida.

8 de Junho, um dia cheio de memórias bonitas que justificam só por si esta minha caminhada. Outros houve felizmente e assim vou caminhando levando agora a vida com calma porque a idade da pressa ficou lá atrás no tempo que vai passando.

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