sexta-feira, 11 de junho de 2021

Cinquentenário

 


Não entendo, não percebo toda esta coisa triste que se fala sobre as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Ainda estamos em 2021 ou será que perdi o conto aos anos?

Depois olho para as duas personalidades escolhidas e não vejo nelas personalidades do 25 de Abril. O sr. Ramalho Eanes é um dos homens fortes do 25 mas de Novembro de 1975. Já o tal sr. Adão e Silva não passa de um graxista de palavras redondas, um lambe-botas dos políticos com peso no PS , que vai virando consoante o homem forte e pouco ou nada têm a ver com a gloriosa data de Abril de 1974.

Que o sr. Ramalho Eanes seja escolhido pelo sr. Presidente da Republica está de acordo com o pensamento político deste. Ambos são do 25 de Novembro de 1975 e não do 25 de Abril de 1974.

Já o Governo contrapõe à escolha do sr. Presidente com um “jornalista submisso” aos interesses do partido; uma personalidade a fazer lembrar a escolha oposta do sr. Presidente da Republica quando escolheu o jornalista João Miguel Tavares para o 10 de Junho de há dois anos. Tristezas em dose dupla.

Não haverá no país um intelectual com mérito para tal cargo ou será que os contactados não aceitaram pelo despesismo que iriam custar ao país?

Depois é difícil perceber o que é que nos querem vender com tanta antecedência para organizar um acontecimento que se resume a um só dia continuando o contrato do sr. Adão e Silva até 2016? Será que ele e os seus secretários vão precisar de tanto tempo para limpar e lavar o chão e as paredes sujas com tal acontecimento?

Tudo isto me leva ao José Mário Branco no seu FMI com o «entretém-te filho entretém-te...»

Não misturo política com futebol mas depois admiramo-nos com os votos crescentes dos saudosistas do velho ditador de tão má memória para o país.

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