sábado, 6 de outubro de 2018

Num sábado à tarde


Não sei se o Ronaldo é culpado ou não, mas sei que não direi uma palavra em seu desabono, já que tenho as minhas duvidas sobre esta deriva justiceira à volta do sexo e ainda mais destes movimentos tipo MeToo, às quais acrescento o azedume de vingança madrileno.
Assim como, também ano após ano passo ao lado dos laureados com o prémio Nobel. São tantos os jogos de bastidores e o dinheiro que anda à volta do prémio, que ano após ano passo ao lado.
Na guerra, em todas as guerras que os “Sapiens” promoveram entre si, sempre houve e vai continuar a haver violência sexual sobre os vencidos e populações indefesas. Só quem nunca esteve num campo de batalha pode pensar que essa violência vai deixar de existir, porque numa qualquer cidade em paz há manifestações contra a violência na guerra empunhando cartazes “Make Love Not War”...
Numa guerra, mata-se para não ser morto, vence-se para não ser vencido, valendo tudo incluindo o tirar olhos ao inimigo. Os teóricos, os que vivem as guerras em salões, os que nunca sentiram os pintelhos do cu a bater palmas, podem fazer ilustres discursos, nos salões do poder, nas televisões amigas, mas lá onde a adrenalina corre nas veias a mil, onde a pressão arterial é hiper ou hipo, os que combatem não os ouvem e fazem o que nunca imaginaram fazer.
Vejo jovens portuguesas e portugueses falarem dos abusos que se cometem nas frentes de batalha de uma qualquer guerra, e fico a pensar se por acaso eles tem a consciência do que os seus pais ou avós passaram e fizeram um dia nas guerras em África. Tenho a certeza que muitos deles teriam outra conversa, já que o grande problema a resolver é o porque da necessidade da guerra entre seres humanos, já que depois a violência fica à solta... 
 Não sou contra as greves que se vão realizando pelas corporações que vivem à volta das saias do Estado. Não sou contra mas também não as percebo. Gostava de ver esses movimentos de massas em luta por um melhor ensino, por uma melhor prestação de serviços na saúde, na segurança e nos transportes, sem envolverem vantagens pecuniárias directas ou indirectas. Gostava de ter ouvido o líder do maior partido da oposição dizer na sua entrevista que os quadros superiores do Estado deveriam ter não só melhor remuneração, mas também exclusividade a 100% não podendo exercer outra actividade paralela ou complementar com as suas funções no Estado, mas ficou-se só pelo que lhe pode dar mais uns votos.
Não entendo os políticos. Cada vez me sinto mais longe dos seus comportamentos. O exemplo do Ministro Jorge Coelho foi caso único. Com a sua demissão defendeu o Governo de então e não sendo ele o culpado directo da queda da ponte deu um exemplo que hoje penso, as águas revoltas do Douro levaram para bem longe. Tão longe que raro foi o político que lhe seguiu o exemplo. Assim, preferem deixar-se cozinhar em lume brando pelos especialistas justiceiros da comunicação social que temos, do que libertarem a equipa governativa de que fazem parte, do incomodo e ruído continuo, de modo a que a Justiça possa fazer o seu trabalho sem ruído nem especulações.

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