quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Interesse público


Interesse público existe de verdade ou não passa de mais uma ficção, que nos servem para nos entretermos como se fosse um jogo de sueca ou de king, podendo ser também de canastra para alguns mais eruditos.
Se vasculham, invadem correspondência, actividades empresariais e outras mais escuras à margem da presunção da legalidade estabelecida e aceite, da vida privada do vizinho com o qual não há relações amistosas, e as publicam em jornais e redes sociais, falando delas as televisões e as rádios, achamos bem porque está em causa a defesa do tal interesse público.
Contudo, quando invadem, vasculham e publicam acções e actos mais escuros que possam presumir ilegalidades face às normas aceites e normais da vida de um amigo de coração, de paixão, a indignidade, a revolta sobe à cabeça com a publicidade dada em redes sociais, nos jornais, nas rádios e televisões, pelo crime que alguém possa ter cometido ao invadir “coisas” da vida privada do amigo de peito ou de paixão. Agora já não conta o interesse público, pois é crime invadir a vida privada, e quase em uníssono com outros amigos do amigo, gritamos que tudo o que publicaram é mentira, depois que é crime, depois pedimos que a Justiça tenha mão de ferro contra o ou os invasores da vida privada do amigo.
Dois pesos, duas medidas, duas formas de olharmos factos semelhantes, criamos a nossa realidade segundo as emoções que sentimos.
Já não basta que a própria justiça, emanação do poder da classe dominante, possa,mesmo assim, ser imparcial, na análise e possível julgamento dos factos apontados e publicitados, há pois que serrar fileiras sempre em torno dos amigos presumíveis  ou não como prevaricadores da ordem normal e aceite das coisas normais em sociedade.

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