Interesse
público existe de verdade ou não passa de mais uma ficção, que
nos servem para nos entretermos como se fosse um jogo de sueca ou de
king, podendo ser também de canastra para alguns mais eruditos.
Se
vasculham, invadem correspondência, actividades empresariais e
outras mais escuras à margem da presunção da legalidade
estabelecida e aceite, da vida privada do vizinho com o qual não há
relações amistosas, e as publicam em jornais e redes sociais,
falando delas as televisões e as rádios, achamos bem porque está
em causa a defesa do tal interesse público.
Contudo,
quando invadem, vasculham e publicam acções e actos mais escuros
que possam presumir ilegalidades face às normas aceites e normais da
vida de um amigo de coração, de paixão, a indignidade, a revolta
sobe à cabeça com a publicidade dada em redes sociais, nos jornais,
nas rádios e televisões, pelo crime que alguém possa ter cometido
ao invadir “coisas” da vida privada do amigo de peito ou de
paixão. Agora já não conta o interesse público, pois é crime
invadir a vida privada, e quase em uníssono com outros amigos do
amigo, gritamos que tudo o que publicaram é mentira, depois que é
crime, depois pedimos que a Justiça tenha mão de ferro contra o ou
os invasores da vida privada do amigo.
Dois
pesos, duas medidas, duas formas de olharmos factos semelhantes,
criamos a nossa realidade segundo as emoções que sentimos.
Já
não basta que a própria justiça, emanação do poder da classe
dominante, possa,mesmo assim, ser imparcial, na análise e possível
julgamento dos factos apontados e publicitados, há pois que serrar
fileiras sempre em torno dos amigos presumíveis ou não como prevaricadores da ordem normal e aceite das coisas normais em sociedade.
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