sábado, 25 de julho de 2020

Sefarditas

Ainda não entendi o ódio que alguns destilam contra os descendentes dos Judeus sefarditas.

A lei de 2013 que concede a possibilidade da nacionalidade portuguesa aos descendentes dos Judeus sefarditas do séc. XVI que cá viviam e tiveram de fugir para não serem obrigados a renunciar à sua religião, aos seus costumes, não serem queimados vivos nas fogueiras do Santo Ofício só porque perfilhavam uma outra religião outros hábitos diferentes dos oficiais decretados pela cúria romana e tomados como oficiais e salvadores do mundo pelos Reis de então em união com um Clero pouco recomendável sempre contrário ao desenvolvimento das ciências, será essa lei tão perigosa para o país como fazem crer algumas figuras da política, deputados e não só, assim como das artes e cultura. Não eram essas famílias de judeus sefarditas parte integrante da nação e como tal portugueses?

Serão os Judeus sefarditas assim tantos milhões que venham por em causa o equilíbrio, o modelo e a ordem da nossa sociedade?

A lei nada tem a ver com os famigerados vistos gold. Esses vistos gold serviram para salvar a compra de investimentos imobiliários luxuosos e pouco ou nada mais, dando guarida a alguns milionários. Quantos postos de trabalham os beneficiários dos vistos gold criaram?

A lei de 2013 para a obtenção da nacionalidade obedece a quesitos determinados. Como alguém já escreveu a pátria dos sefarditas não é Israel mas a Ibéria (Portugal e Espanha) foi aqui que os seus antepassados viveram séculos.

Já há investimentos produtivos e imobiliários de descendentes sefarditas que obtiveram a nacionalidade e estão a investir na nossa pobre e confinada economia.

Sou descendente do amor entre cristãos-novos (Judeus sefarditas convertidos à força ao cristianismo) com cristãos-velhos ou seja os cristãos tradicionais.

Não sou judeu assim como não me sinto cristão embora tivesse sido baptizado e na minha juventude um praticante católico.

Porque tanta difusão de medo e ódio?


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