sábado, 25 de julho de 2020

Sr. Primeiro Ministro

Sr. Primeiro Ministro o senhor fala bem mas isso não chega. É preciso ter coragem para a nível interno tomar as medidas que nos possam defender dos nórdicos pouco solidários.

Já que o senhor e o seu governo não tiveram coragem para deixar de fora dos apoios governamentais nesta crise pandémica as empresas que actuam em Portugal com as suas sedes na Holanda, no Luxemburgo e em outros paraísos fiscais, tenha pelo menos a coragem de a nível do Ministério das Finanças criar uma equipa de inspectores suficientemente ampla para poder inspeccionar os actos de gestão dessas empresas e dos seus centros de refaturação.

Proceda à reforma do Código do Processo Tributário de forma a evitar que os grupos económicos possam andar anos e anos a fio sem pagar os milhões em falta porque vão sempre recorrendo para outras instâncias.

Com os fundos que iremos receber a fundo perdido e de empréstimo apoie essencialmente o tecido empresarial português das pequenas e médias empresas na agricultura, nas pescas e na indústria. O investimento estrangeiro é bem vindo mas a prioridade deve centrar-se no tecido empresarial português.

Aposte na reindustrialização nacional com base no que será maioritariamente português.

A ferrovia, o porto de Sines, outro de águas profundas que não no estuário do Tejo, e as energias alternativas são fundamentais para essa reindustrialização.

Não de primazia ao betão, o país já tem cogumelos tóxicos a mais.

Aposte no valor acrescentado nacional, senhor Primeiro Ministro. Se os empresários portugueses beneficiarem das ajudas dadas aos investidores estrangeiros talvez possam investir mais criando mais riqueza nacional.

Apoie projetos sérios de reformulação do Turismo. O turismo de massas para já não interessa. Há outras ofertas a fazer, planos a realizar que podem garantir as receitas necessárias.

Promova uma campanha massiva de compre e consuma português, mas para isso terá de ajudar a produção nacional.

Obrigue os vendedores a exibirem a origem dos produtos frescos como o peixe, as hortícolas e as frutas.

Atue sem dó nem piedade quando nos vendem publicidade de que ajudam a produção nacional e depois nas bancadas só nos oferecem produto importado.

Há tanta coisa para fazer e tanta coisa que quase nem precisa de ajudas da União. Só se precisa de meter mãos à obra com os senhores governantes a darem o exemplo de mais trabalho e menos conversa.


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