Sou um quase zero a inglês. Foi a única disciplina a que chumbei quando estudei no Instituto Comercial. Nunca gostei dos ingleses. Há trinta e sete anos que deixei de passar férias no Reino dos Algarves. Mas não foi por causa do turismo dos súbditos de sua majestade inglesa. Troquei a confusão, a barafunda das praias algarvias pela calma da praia onde jovem aprendi a conhecer o mar que me oferece aquelas ondas que gostava de desafiar. Praia onde não há bares nocturnos nem discotecas, ainda hoje.
Estranho o pânico que existe com a decisão das autoridades inglesas. Os ingleses que conhecem e gostam de passar as férias no Algarve vão vir porque há outros voos outros caminhos para o Algarve.
Depois com o medo que o vírus espalhou ao nível planetário, assistimos à queda abrupta das viagens aéreas. Vimos pistas de aeroportos a servirem de parque de estacionamento aos aviões em terra. Muitos dessas aeronaves arriscam não voar mais tais as falências que existem no sector, onde os Governos se dispõem a investir milhões que não possuem para tentar salvar as empresas privadas "bandeira".
Era previsível que face aos estragos que a pandemia causou na economia, as receitas do Turismo de massas caíssem para números assustadores. Só quem anda a dormir ou um pouco desorientado, cansado por ter de acudir a todos os problemas, a todos os fogos sem ter ministros à altura, é que continua a apostar na galinha dos ovos turísticos.
Talvez mesmo a decisão do louco primeiro ministro inglês em não considerar Portugal Continental como lugar seguro para os seus cidadãos, tenha sido o nosso euro-milhões na saúde da não propagação do vírus.
Face ao que se conhece da forma como o vírus se propaga, o medir a temperatura na entrada dos turistas e outros viajantes, não é garantia absoluta. Assim como o trazer para mostrar análise negativa ao vírus, se a declaração não obedecer a normas internacionais de certificação da entidade emitente da declaração / análise, de pouco vale.
Está mais que na hora de apostar em alternativas ao turismo de massa anónimo. Temos quase novecentos anos de história. Há que promover e incentivar cá dentro e lá fora, outras formas de turismo. Vender o sol algarvio é chão que pouco produz em valores de riqueza. Não nos enganemos com os números das receitas. Quantos só deixam cá o quê gastam no supermercado (quase sempre com máquina de calcular na mão), numa ou outra refeição e nas bebidas nocturnas para se embebedarem, porque a viagem e a estadia no hotel é paga na origem transitando muitas vezes para contas offshore que as cadeias de hotéis possuem para iludirem as autoridades fiscais.
Gosto de:
- Há mar e mar, Há ir e voltar!
e,
- Temos que viver com aquilo que temos!
Não nos iludamos com previsões mais ou menos optimistas ou pessimistas, a pandemia trouxe novos desafios e aumentou exponencialmente as dificuldades de vida que teremos de enfrentar já e nos anos que se seguem para todos aqueles que irão sobrevivendo.
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