segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

22.01.01


 

E o dia mudou o ano, só isso nada mais que isso.

Tudo o que nos mostram de festas e celebrações não passam de criadas ilusões transferidas e empurradas com a barriga para a frente, para o futuro que a cada dia está ficando mais incerto do que sempre foi.

Neste 2022 que agora se inicia o ser humano continuará a ser o que tem sido ao longo da sua existência, pouco ou nada irá mudar na sua atuação, mantendo-se vivos e atuantes os designados sete pecados – gula, ganância(avareza), luxúria, ira, inveja, preguiça e vaidade. O sistema criado pelo designado capitalismo civilizado continuará com os seu objetivos de gula e de ganância crescente a agravar as condições de vida de milhões de seres humanos. Os políticos de todas as tendências ideológicas irão continuar a fazer promessas que sabem não irão cumprir. Todos irão prometer criar novas oportunidades, novos postos de trabalho para depois na prática facilitarem não só os despedimentos coletivos como legislarem favorecendo sempre os desígnios do capital. Todos irão prometer lutar contra a pobreza para na prática se curvarem baixando as calças aos poderosos sem rosto nem alma que controlam o mundo financeiro. Mesmo o Papa Francisco irá continuar solitário a pregar ao mundo mensagens humanistas, que a exemplo da sua própria Igreja os outros poderosos farão “ouvidos moucos” às suas mensagens humanistas de amor ao próximo.

Por tudo isto 2022 não irá ainda ser um ano onde a felicidade seja a eterna companhia de todos os cidadãos. Só por respeito aos que se iludem desejando um «Feliz Novo Ano» respondo com um «Bom ano 2022».

Há uma semana celebrou-se a presumível data do nascimento de Jesus para ao longo da história os homens criarem não só a religião cristã como outras histórias à volta da sua personagem. Religião que visa à submissão dos crentes pelo medo do pecado e pela fé da salvação eterna, conseguindo com a sua difusão e imposição criar tal poder à volta da imagem de Jesus Cristo e não apenas de Jesus, que durante séculos lhes deu o domínio sobre os habitantes da Terra. Depois, talvez mais pela inveja que fomentavam entre si, foram-se zangando, separando, divorciando, criando com essas zangas e divórcios o universo das muitas igrejas cristãs que hoje existem em acérrima luta pela sobrevivência e ou manutenção do poder e mordomias que usufruem no seio das sociedades.

Ontem celebrou-se a passagem de ano que nada parece ter de religioso mas que no fundo da sua essência, no porquê da sua existência, está representada em êxtase coletivo a celebração da religião consumista, atualizada pelo sistema atual do capitalismo civilizado, sem que a mesma necessite da identificação de uma personalidade para a sua realização e propagação por todos os cantos da Terra.

Na verdade, o nosso ano muda quando celebramos o dia abençoado do nosso nascimento e não de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

Pela vida difícil mas honesta que vivemos nas aldeias onde crescemos, esta celebração da passagem de ano pouco significado teve na existência da nossa família a quatro e às vezes a três quando o meu pai estava de serviço. Contando e levando com setenta e uma mudanças de calendário nesta minha viagem pela vida, foram muito mais as vezes que no momento do êxtase coletivo, no momento da mudança do calendário gregoriano já eu me encontrava a viajar nos braços de Morfeu, num descansar do corpo e de cérebro onde por vezes os sonhos abrem gavetas que viram pesadelos.

São sete da manhã levando já hora e meia de acordado e, como a minha amiga vive mais em função do horário solar do que de calendários para humanos se organizarem, lá vamos mais ou menos à mesma hora dar a nossa volta habitual, dando assim início às rotinas habituais deste dia 1 de Janeiro. Rotinas que são também elas parte da nova vida de todos os dias do ano com poucas variações.

Que título irei dar aos escritos que irei escrever em 2022 que agora já começou? é o que vou procurar encontrar durante o passeio deste primeiro dia do ano de vinte vinte e dois de século vinte e um em plena mutação pandémica «sars-cov-2» que um dia viajou de avião desde a China com passaporte «covid-19» para nos atormentar a vida.

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