segunda-feira, 25 de abril de 2022

22.04.25

Num país transformado em ficção, o velho falou esta semana. Falou, vomitou e cagou sentenças. A turba exultou. As televisões deram-lhe tempo de antena. O velho é o maior carago. Não há no mundo da ficção e arredores presidente como o velho.

Quem tem memória e não pertence à turba, nem alinha com milícias privadas, nem em estados de alma de pensamento único recorda as falas, os vómitos sarcásticos, os peidos falantes do velho nos finais de diversas voltas a Portugal em ciclismo quando a equipa por si particionada com as cores do seu condado, chegava ao fim de amarelo individual e coletivamente. As televisões a correrem atrás dessas falas, desses vómitos sarcásticos, desses pedidos falantes e mal cheirosos que o velho opinava no seu trono de imperador.

Talvez hoje o velho não fale das falsas pedaladas dadas pelos atletas que tantas falas, vómitos e peidos falantes lhe proporcionaram. Talvez não leia os jornais, não ouça as notícias, nem escute as suas milícias sobre as presumíveis ameaças que pairam sobre o seu condado, escudado que vive por justiceiros fiéis.

Mas, o velho talvez fale do futebol, não dos pontos obtidos com fruta extra qualidade em determinados bares de alterne ou em hotéis e restaurantes de qualidade amiga, nem dos mergulhos transformados pelo sistema em penáltis, nem das agressões não sancionadas dos seus atletas em vários jogos. Não, o velho falará se for mais uma vez campeão no sistema podre que criou no desporto, em especial no futebol. Sistema que parecia ter perdido para um antigo amigo mas que depressa parece ter recuperado, com a queda do ex-amigo amante de trafulhices numa ambição desmedida para o seu umbigo, proporcionou no País dos sistemas oligárquicos que vai resistindo a tudo na ponta sudoeste de um subcontinente existente num Planeta imaginário, porque estas coisas só podem existir na imaginação dos dementes invejosos descendentes de mouros e outras raças sulistas inferiores.

25 de Abril 2022 às 07H25 depois de olhar as capas dos jornais neste dia em que há quarenta e oito anos um grupo de jovens capitães acabou com o pensamento único dominante durante outros tantos quarenta e oito anos mais ou menos mês.

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