sábado, 10 de novembro de 2018

O homem do poço


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O homem do poço escreveu mais um dos seus livros de memórias ressurgindo de novo. Lá no fundo do palácio onde se recolhe ás custas do orçamento de Estado, o homem de tempos a tempos ressurge, com a comunicação social a ajoelhar-se, quais fiéis em peregrinação, ouvindo as suas palavras, sem qualquer visão optimista de futuro, ignorando em absoluto o denso nevoeiro que paira sobre alguns aspectos da sua vida privada transformados em tabus nacionais intocáveis. Arrastando consigo os fiéis costumeiros, para os quais as suas palavras se sobrepõem sempre à verdade com tantas saudades do tempo em que o homem do poço afirmando-se como não político, ocupou os mais altos cargos políticos da nossa democracia, fazendo lembrar em alguns aspectos o “António das botas”.
Deixou como marca das suas políticas mesquinhas aquela medida de largo alcance estratégico que o homem e os seus fiéis de então tiveram ao transformar o poço numa fonte, medida essa de largo alcance económico e bem estar social para o futuro do país. Mas a fonte que era poço continua a manter o aviso aos amantes da democracia, do estado social e dos bens públicos o seguinte, «Fonte de água não potável, imprópria para beber».
Por mim sigo no meu passo, acreditando no estado social, não dando por isso ouvido ao ruído azedo e negativista que o homem gosta de provocar e a comunicação social tanto gosta de difundir.

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