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O homem
do poço escreveu mais um dos seus livros de memórias ressurgindo de novo. Lá no fundo do palácio onde se recolhe ás custas do orçamento
de Estado, o homem de tempos a tempos ressurge, com a comunicação
social a ajoelhar-se, quais fiéis em peregrinação, ouvindo as suas
palavras, sem qualquer visão optimista de futuro, ignorando em
absoluto o denso nevoeiro que paira sobre alguns aspectos da sua
vida privada transformados em tabus nacionais intocáveis. Arrastando
consigo os fiéis costumeiros, para os quais as suas palavras se
sobrepõem sempre à verdade com tantas saudades do tempo em que o
homem do poço afirmando-se como não político, ocupou os mais altos
cargos políticos da nossa democracia, fazendo lembrar em alguns
aspectos o “António das botas”.
Deixou
como marca das suas políticas mesquinhas aquela medida de largo
alcance estratégico que o homem e os seus fiéis de então tiveram
ao transformar o poço numa fonte, medida essa de largo alcance
económico e bem estar social para o futuro do país. Mas a fonte que
era poço continua a manter o aviso aos amantes da democracia, do
estado social e dos bens públicos o seguinte, «Fonte de água não
potável, imprópria para beber».
Por
mim sigo
no meu passo,
acreditando
no estado social, não
dando por
isso ouvido
ao ruído azedo
e negativista que
o homem gosta de provocar e a comunicação social tanto gosta de
difundir.
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