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Ou
um ou outro,
Alguns
comentadores políticos do centro direita, entre um e o outro
escolhem o mal menor na sua opinião.
Como
não sou leitor do jornal Observador, nem leio nada cuja fonte venha
desse jornal, não sei nem me interesso pelas opiniões que criam e
destilam. Quando aqui vejo encaminhamentos ou opiniões de amigos
sobre notícias difundidas por esse órgão de comunicação, passo à
frente raramente as leio.
Mas
nestes dias de alguma invalidez voltei a ser um espectador
televisivo, e foi com algum espanto que tomei nota das palavras da
dirigente do CDS, a senhora Assunção Cristas.
Ora
o CDS Centro Democrático e Social, foi fundado em 1974 como um
partido de ideologia democrata-cristã. É certo que depois evoluiu
para se caracterizar como CDS-PP, ou seja, um partido popular, um
partido onde cabem todas as ideias liberais e populistas, não
deixando de ser um partido político importante no nosso regime
democrático, onde já desempenhou funções governativas em alianças
com os outros dois maiores partidos da nossa democracia.
Considera-se,
goste-se ou não, vote-se ou não no partido, é um partido do nosso
arco democrático e governativo. Assim sendo, mais gravosa é a
afirmação da hoje líder do partido. Com a afirmação de que entre
um e outro se tivesse de escolher não votaria, ou seja aconselhou à
abstenção o que não fica nada bem a quem ainda à pouco tempo em
eleições autárquicas dizia lutar contra a abstenção. A senhora
teve medo de afrontar a franja do seu partido mais saudosista do
fascismo-salazarista e por isso se absteve, pois eu que nunca votei
no seu partido, mas se tivesse que escolher entre um Bolsonaro e a
Sra. Assunção Cristas, não tinha a menor dúvida de que votaria em
si, sem engolir nenhum sapo, mas duvido que a senhora assim como
outros políticos nacionais e internacionais entendam o que é melhor
para aquilo que vulgarmente se designa por povo.
Se
tivesse que votar lá entre um e o outro, engolia um sapo (como já
engoli por cá) e votaria no mal menor, porque não considero o PT um
verdadeiro partido de esquerda, nem o seu líder está isento de
culpas e erros incluindo a actual luta política, mas mesmo assim
Haddad é o mal menor que pelo menos garante a Liberdade tão
necessária ao desenvolvimento e bem estar de todos os cidadãos.
Cabe
aos brasileiros escolherem e aprenderem com os erros. Fomos os
aventureiros europeus que um dia lá chegamos por mar, para
deixarmos anos mais tarde por decreto-real o país livre para seguir
o seu caminho como nação independente. Somos dois povos amigos
que tiveram uma pátria comum durante
muitos anos, que falam a mesma língua mãe, mas independentes nas
suas escolhas políticas.
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