sábado, 10 de novembro de 2018

Ou um ou o Outro


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Ou um ou outro,
Alguns comentadores políticos do centro direita, entre um e o outro escolhem o mal menor na sua opinião.
Como não sou leitor do jornal Observador, nem leio nada cuja fonte venha desse jornal, não sei nem me interesso pelas opiniões que criam e destilam. Quando aqui vejo encaminhamentos ou opiniões de amigos sobre notícias difundidas por esse órgão de comunicação, passo à frente raramente as leio.
Mas nestes dias de alguma invalidez voltei a ser um espectador televisivo, e foi com algum espanto que tomei nota das palavras da dirigente do CDS, a senhora Assunção Cristas.
Ora o CDS Centro Democrático e Social, foi fundado em 1974 como um partido de ideologia democrata-cristã. É certo que depois evoluiu para se caracterizar como CDS-PP, ou seja, um partido popular, um partido onde cabem todas as ideias liberais e populistas, não deixando de ser um partido político importante no nosso regime democrático, onde já desempenhou funções governativas em alianças com os outros dois maiores partidos da nossa democracia.
Considera-se, goste-se ou não, vote-se ou não no partido, é um partido do nosso arco democrático e governativo. Assim sendo, mais gravosa é a afirmação da hoje líder do partido. Com a afirmação de que entre um e outro se tivesse de escolher não votaria, ou seja aconselhou à abstenção o que não fica nada bem a quem ainda à pouco tempo em eleições autárquicas dizia lutar contra a abstenção. A senhora teve medo de afrontar a franja do seu partido mais saudosista do fascismo-salazarista e por isso se absteve, pois eu que nunca votei no seu partido, mas se tivesse que escolher entre um Bolsonaro e a Sra. Assunção Cristas, não tinha a menor dúvida de que votaria em si, sem engolir nenhum sapo, mas duvido que a senhora assim como outros políticos nacionais e internacionais entendam o que é melhor para aquilo que vulgarmente se designa por povo.
Se tivesse que votar lá entre um e o outro, engolia um sapo (como já engoli por cá) e votaria no mal menor, porque não considero o PT um verdadeiro partido de esquerda, nem o seu líder está isento de culpas e erros incluindo a actual luta política, mas mesmo assim Haddad é o mal menor que pelo menos garante a Liberdade tão necessária ao desenvolvimento e bem estar de todos os cidadãos.
Cabe aos brasileiros escolherem e aprenderem com os erros. Fomos os aventureiros europeus que um dia lá chegamos por mar, para deixarmos anos mais tarde por decreto-real o país livre para seguir o seu caminho como nação independente. Somos dois povos amigos que tiveram uma pátria comum durante muitos anos, que falam a mesma língua mãe, mas independentes nas suas escolhas políticas.

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