domingo, 30 de dezembro de 2018

Amarelos


E a palavra de ordem é ‘Vamos parar Portugal”.
Assim como o direito à greve está consignado na Constituição, também o direito à manifestação está consignado na democracia, porque é inerente à liberdade de expressão, que só a democracia garante a todos os cidadãos.
As reivindicações apresentadas pelos “indignados amarelos”, são aquilo que todos queríamos, isto é, menos impostos, salários e pensões mais altas etc. etc..
Mas por detrás destas questões não nos dizem os organizadores e manifestantes que tipo de sociedade querem e defendem para colocar em prática, aqui que dizem defender, aquilo que reivindicam. Como não os vejo a defenderem a anarquia, que tipo de sociedade organizada defendem?
As convocações para manifestações colectivas têm sempre uns organizadores, que pelas redes sociais tornam mais fácil o anonimato. Mas não fosse a publicidade ao acontecimento dado por todos os canais televisivos ditos de informação, quantos estariam hoje a manifestarem-se de amarelo tentando fazer piquetes para o bloqueio das estadas que dão acesso às cidades?
Falar mal e atacar os políticos em democracia é fácil e populista, caindo e soando bem a muitos cidadãos,mas que organização política propõem os “indignados amarelos”? Em 2019 há eleições quer para o Parlamento Europeu, quer para o nosso Parlamento Democrático, podendo aí os “indignados amarelos” exprimirem o seu descontentamento democraticamente com vista a alcançar os seus objectivos políticos, já que apoio televisivo não lhes tem faltado.
Mas, nesta manhã de nevoeiro o D. Sebastião não irá ressuscitar em Santa Comba Dão!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.