Ontem
uns, hoje outros. Vão ou estão todos em romaria. Romaria não de
graças mas de reivindicações. Seguem-se uns aos outros, todos
levando aos ombros os andores das reivindicações por mais
dinheirinho.
Os
grevistas transformados em romeiros, acordaram com as notícias que
relatavam a melhoria das condições económicas do país. Eles
querem lá saber do aumento da dívida publica, dos juros que a mesma
divida carrega sobre as costas de todos. Vão em romaria, seguem-se
aos outros, rezando as suas palavras de ordem.
Quando
“o mal” os asfixiava, apertando-lhes os garganetes e os ditos
testículos, curvaram-se com as mãos entre pernas, perante os
«mandantes» dos senhores poderosos do capital. Nada disseram que
se ouvisse. Nenhuma romaria foi efectuada a Belém. Não esgrimiram
as suas armas contra a asfixia troikana.
Curvaram-se
perante a homilia de que tudo era em nome de «A Bem da Nação, Nada
Contra a Nação».
Os
grevistas de hoje, qual exercito ordeiro de ontem, querem tudo; os
direitos que esqueceram ontem, as lutas que guardaram na gaveta dos
fundos, são hoje a oportunidade única; os direitos esquecidos em
banho-maria querem-os hoje com correção monetária, porque eles,
todos, têm os seus direitos consignados na Lei.
Ontem
uns, hoje outros,e amanhã novos se seguirão. Que linda romaria vai
neste país…
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