segunda-feira, 23 de março de 2020

Quinto dia dos resto das nossas vidas


Estamos no quinto dia. Já não posso ouvir falar do vírus, dos infectados mais dos que infelizmente não resistem. Só mesmo em tempo de guerra se morre e ninguém da família e amigos se despede na hora de descer à cova ou ao entrar no crematório. Não tenho o culto da morte e nem imagino o sofrimento de quem vê os seus acabarem esta viagem desta forma. Não gosto de ver as estatísticas dos que já faleceram por intervalos de idade. Sei que estou nos intervalos críticos. Os 69 não deixam grande margem. Procuro ter sorte e continuar a minha fuga quer ao vírus quer à morte. Agora nem desço ou subo pelo elevador, vamos pelas escadas. É só um terceiro andar e o subir até faz bem à saúde embora seja mais fácil desce-las.
Hoje na rua pelas sete da manhã com um pouco mais de movimento quer de viaturas, quer de possíveis trabalhadores a caminho dos seus trabalhos. Continuo muito apreensivo ao que se se irá passar com a economia. Não sou daqueles que pensam que à economia o que é da economia e à política o que é da política. Não, para mim todas as medidas que se tomam em termos económicos refletem uma imagem um pensamento político. Economia e Política são dois gémeos siameses que vivem sempre unidos, não se podem separar.
Depois do pequeno almoço tomado a ouvir as tristes e esperadas notícias sobre a situação quer no país quer na Europa e Mundo comecei a mexer nas plantas a limpa-las,algumas a mudar de vaso e por fim a limpar as folhas e caules combatendo a porcaria da cochonilha que é uma praga em algumas das plantas.
Apreensivo mas não em pânico nem borrado de medo.

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