sexta-feira, 20 de março de 2020

Segundo dia do resto de nossas vidas


Vou sair daqui a pouco para cumprir a rotina diária do passeio matinal com a minha amiga, sem esquecer de levar o pequeno almoço ao gato Lorde que já deve lá estar em baixo. De madrugada ao acordar fiquei atento ao silêncio não dando conta do barulho que os veículos fazem ao passarem na estrada nacional. O silêncio parece assustador.
Vou levar luvas e papel das mãos para abrir as portas do elevador e do prédio com a minha mão esquerda. Tenho que disciplinar-me a usar mais esta mão.
Está difícil habituar-me a usar luvas. Não gosto mas…
Tudo fechado. Poucas pessoas nos transportes, alguns emigrantes a caminho do trabalho que não querem perder custe o que custar. Caminham de cabeça baixa, mãos nos bolsos e máscaras de vários formas e tecidos. Enquanto caminhamos pelas ruas quase desertas de vida dou comigo a pensar que União Europeia é esta que na sequência talvez da crise financeira de 2008 e embora com erros próprios dos países do Sul, nos apertou os gasganetes fazendo-nos viver com falta de ar contínua e, quase estrangulou os gregos, para agora perante a ameaça grave do vírus fdp não ter ainda apresentado uma ideia para combate conjunto, colectivo de todos os países ao mesmo codiv-19 fdp, deixando cada país entregues às suas próprias políticas e capacidades. Ignoram fechando os olhos ao que se passa com Itália e os italianos, mais interessados em preocuparem-se ou batendo palmas aos orgasmos neuróticos da velha-trafulha que escolheram para dirigir o Banco Central Europeu. A U.E. qual lacrau preparando-se para o golpe final quando se vê cercado pelo fogo?

Sigo pensando que com tanto medo do vírus codiv-19 vai-se dar cabo do fraco tecido empresarial das médias, pequenas e micro empresas, para no final os promotores do estado de emergência esfregando as mãos nos virem convencer da necessidade de termos um novo-velho professor de finanças públicas para meter os cofres do país na ordem. Os eunucos não desistem e não é por se trem enganado com o anterior professor de finanças que vão desistir de «chupar o sangue fresco da manada» .

Chego a casa e vejo na televisão os porcos sujos e maus jornalistas da televisão anunciarem o começo da Primavera com mau tempo porque poderá chegar a abençoada água da chuva que tanta falta está a fazer aos campos, rios e nascentes. São maus porcos e sujos. 

Quero fugir mas estou confinado às paredes de casa. Encontro no ler os livros o caminho para fugir daquela gente tão venenosa.


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