Vou
sair daqui a pouco para cumprir a rotina diária do passeio matinal
com a minha amiga, sem esquecer de levar o pequeno almoço ao gato
Lorde que já deve lá estar em baixo. De madrugada ao acordar fiquei
atento ao silêncio não dando conta do barulho que os veículos
fazem ao passarem na estrada nacional. O silêncio parece assustador.
Vou
levar luvas e papel das mãos para abrir as portas do elevador e do
prédio com a minha mão esquerda. Tenho que disciplinar-me a usar
mais esta mão.
Está
difícil habituar-me a usar luvas. Não gosto mas…
Tudo
fechado. Poucas pessoas nos transportes, alguns emigrantes a caminho
do trabalho que não querem perder custe o que custar. Caminham de
cabeça baixa, mãos nos bolsos e máscaras de vários formas e
tecidos. Enquanto caminhamos pelas ruas quase desertas de vida dou
comigo a pensar que União Europeia é esta que na sequência talvez
da crise financeira de 2008 e embora com erros próprios dos países
do Sul, nos apertou os gasganetes fazendo-nos viver com falta de ar
contínua e, quase estrangulou os gregos, para agora perante a ameaça
grave do vírus fdp não ter ainda apresentado uma ideia para combate
conjunto, colectivo de todos os países ao mesmo codiv-19 fdp,
deixando cada país entregues às suas próprias políticas e
capacidades. Ignoram fechando os olhos ao que se passa com Itália e
os italianos, mais interessados em preocuparem-se ou batendo palmas
aos orgasmos neuróticos da velha-trafulha que escolheram para
dirigir o Banco Central Europeu. A U.E. qual lacrau preparando-se
para o golpe final quando se vê cercado pelo fogo?
Sigo
pensando que com tanto medo do vírus codiv-19 vai-se dar cabo do
fraco tecido empresarial das médias, pequenas e micro empresas, para
no final os promotores do estado de emergência esfregando as mãos
nos virem convencer da necessidade de termos um novo-velho professor
de finanças públicas para meter os cofres do país na ordem. Os
eunucos não desistem e não é por se trem enganado com o anterior professor de finanças que vão desistir de «chupar o sangue fresco da manada» .
Chego
a casa e vejo na televisão os porcos sujos e maus jornalistas da
televisão anunciarem o começo da Primavera com mau tempo porque
poderá chegar a abençoada água da chuva que tanta falta está a
fazer aos campos, rios e nascentes. São maus porcos e sujos.
Quero
fugir mas estou confinado às paredes de casa. Encontro no ler os
livros o caminho para fugir daquela gente tão venenosa.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.