Acordei
a pensar. Se aquando do aparecimento e conhecimento do desgraçado
vírus do HIV "Sida" existissem estes papagaios televisivos
que tudo sabem sobre tudo, que hoje nos massacram 24h por dia com as
desgraças que o fdp do codiv-19 vai produzindo, será que ainda hoje
estaríamos vivos e a combater mais um desgraçado vírus do qual
nunca saberemos a verdade sobre a sua origem? Pela
vontade dos seus mandantes ocultos talvez já não tivesse direito à
vida, tão entusiasmados falam das mortes que o fdp do codiv-19
provoca.
Tenho
que sair para a rua que me está a faltar o ar ao pensar nestas
coisas que nem eu nem ninguém imaginou que um dia estaríamos a
viver. Há que ter paciência e deixá-lo pousar, a fim de que os
especialistas sérios que trabalham em stress na rectaguarda do
actual combate, possam encontrar a combinação química que lhe
possa fazer frente de modo a parar a mortandade que está causando e,
o medo que está a paralisar os neurónios a milhões de seres
humanos. A sorte deles, papagaios televisivos, é só os ouvir quando
estou às refeições. Se fosse obrigado a ouvi-los os aparelhos onde
nos massacram já tinham voado.
Vou-me
é despachar que tenho mais que fazer. O Lorde já lá deve estar a
aguardar o seu pequeno almoço de hoje.
A
rua não está totalmente deserta porque está cheia de carros
estacionados. Nem viva alma se vê a não ser a minha e a da Sacha. O
céu nublado a prometer a chuva que não cai. Terá a chuva medo do
vírus? Ou está respeitando o estado de emergência? Grito-lhe para
que caia mas não me liga nenhuma.
Agora é mais seguro atravessar as estradas nas passadeiras para os
peões quer pela quase ausência de trânsito, quer até porque quem
circula para e me faz sinal
para passarmos. Coisas.
Chegados
ao sítio onde ou seguimos pelas ruas da urbe ou atravessamos a ponte
para o outro lado da via férrea, hoje ao olhar-me nos olhos logo
saltou o separador para podermos fazer a ponte e entrarmos no Trilho
da Estação para andarmos. Havia algumas pessoas a andar por lá.
Andando para a frente e para trás aguardei que quer os que correm
quer os que caminham se afastassem de nós para dar a liberdade total
à minha amiga. Correu, saltou, ladrou de satisfação e assim hoje
fizemos a primeira ida até aos designados trilhos da beira rio.
Ontem
ao ouvir o Primeiro Ministro não desgostei. É o político mais
esperto da actual geração de políticos. Goste-se ou não se goste
dele,
o homem sabe conduzir a sua ambição. Viu-se quando perdeu as
eleições e ao ouvir a abertura de outro líder à sua esquerda para
uma possível maioria parlamentar, logo mandou o passado histórico
do seu partido às urtigas e num golpe político de grande esperteza
conquistou o poder que tinha perdido nas urnas, governando os anos do
mandato em minoria mas com maioria parlamentar com os outros partidos
à sua esquerda. Foi de novo a votos nas urnas e agora ganhou mas sem
maioria. Na sua estratégia e ambição não necessita de novos
acordos parlamentares. A tal "geringonça" é passado.
Governando com minoria parlamentar em forma de concertina viu o novo
primeiro orçamento aprovado prometendo alcançar pela primeira vez
em democracia um excedente, isto é, as receitas superiores às
despesas do Estado. A euforia positiva sempre necessária aos que têm
a estrelinha da sorte seguia em pleno com resultados económicos
mensais positivos. Mas, como não há bem que sempre dure um
desgraçado vírus que começou no oriente está invadindo o Planeta
e não só provocando a morte aos mais idosos como paralisou a
economia de todos os países. Lá se foi a esperança de podermos
alcançar o tal recorde económico nacional. Ontem sobressaiu a
vitória do jogo de cintura que terá tido com o Presidente da
República e o desejado estado de emergência para muitos dos seus
opositores políticos que
esperavam ver o país ser gerido a partir de Belém.
Equivocaram-se.
O Presidente decretou o estado de emergência cedendo
em carta branca todos os
poderes ao Primeiro Ministro que assim vai gerindo a crise com a
música da sua concertina afinada a preceito ontem
mais do agrado à esquerda deixando
os seus adversários e inimigos políticos a falarem e a uivarem
enquanto ele vai gerindo prudentemente as expectativas e
a crise sem se comprometer
com resultados. Estes só no final.
A
Saúde dos cidadãos é fundamental ser defendida. Mas sem economia
como se poderá alimentar o Estado Social para se poder defender a
Saúde dos cidadãos?
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