sábado, 21 de março de 2020

Terceiro dia do resto das nossas vidas



Acordei a pensar. Se aquando do aparecimento e conhecimento do desgraçado vírus do HIV "Sida" existissem estes papagaios televisivos que tudo sabem sobre tudo, que hoje nos massacram 24h por dia com as desgraças que o fdp do codiv-19 vai produzindo, será que ainda hoje estaríamos vivos e a combater mais um desgraçado vírus do qual nunca saberemos a verdade sobre a sua origem? Pela vontade dos seus mandantes ocultos talvez já não tivesse direito à vida, tão entusiasmados falam das mortes que o fdp do codiv-19 provoca.
Tenho que sair para a rua que me está a faltar o ar ao pensar nestas coisas que nem eu nem ninguém imaginou que um dia estaríamos a viver. Há que ter paciência e deixá-lo pousar, a fim de que os especialistas sérios que trabalham em stress na rectaguarda do actual combate, possam encontrar a combinação química que lhe possa fazer frente de modo a parar a mortandade que está causando e, o medo que está a paralisar os neurónios a milhões de seres humanos. A sorte deles, papagaios televisivos, é só os ouvir quando estou às refeições. Se fosse obrigado a ouvi-los os aparelhos onde nos massacram já tinham voado.
Vou-me é despachar que tenho mais que fazer. O Lorde já lá deve estar a aguardar o seu pequeno almoço de hoje.
A rua não está totalmente deserta porque está cheia de carros estacionados. Nem viva alma se vê a não ser a minha e a da Sacha. O céu nublado a prometer a chuva que não cai. Terá a chuva medo do vírus? Ou está respeitando o estado de emergência? Grito-lhe para que caia mas não me liga nenhuma. Agora é mais seguro atravessar as estradas nas passadeiras para os peões quer pela quase ausência de trânsito, quer até porque quem circula para e me faz sinal para passarmos. Coisas.
Chegados ao sítio onde ou seguimos pelas ruas da urbe ou atravessamos a ponte para o outro lado da via férrea, hoje ao olhar-me nos olhos logo saltou o separador para podermos fazer a ponte e entrarmos no Trilho da Estação para andarmos. Havia algumas pessoas a andar por lá. Andando para a frente e para trás aguardei que quer os que correm quer os que caminham se afastassem de nós para dar a liberdade total à minha amiga. Correu, saltou, ladrou de satisfação e assim hoje fizemos a primeira ida até aos designados trilhos da beira rio.
Ontem ao ouvir o Primeiro Ministro não desgostei. É o político mais esperto da actual geração de políticos. Goste-se ou não se goste dele, o homem sabe conduzir a sua ambição. Viu-se quando perdeu as eleições e ao ouvir a abertura de outro líder à sua esquerda para uma possível maioria parlamentar, logo mandou o passado histórico do seu partido às urtigas e num golpe político de grande esperteza conquistou o poder que tinha perdido nas urnas, governando os anos do mandato em minoria mas com maioria parlamentar com os outros partidos à sua esquerda. Foi de novo a votos nas urnas e agora ganhou mas sem maioria. Na sua estratégia e ambição não necessita de novos acordos parlamentares. A tal "geringonça" é passado. Governando com minoria parlamentar em forma de concertina viu o novo primeiro orçamento aprovado prometendo alcançar pela primeira vez em democracia um excedente, isto é, as receitas superiores às despesas do Estado. A euforia positiva sempre necessária aos que têm a estrelinha da sorte seguia em pleno com resultados económicos mensais positivos. Mas, como não há bem que sempre dure um desgraçado vírus que começou no oriente está invadindo o Planeta e não só provocando a morte aos mais idosos como paralisou a economia de todos os países. Lá se foi a esperança de podermos alcançar o tal recorde económico nacional. Ontem sobressaiu a vitória do jogo de cintura que terá tido com o Presidente da República e o desejado estado de emergência para muitos dos seus opositores políticos que esperavam ver o país ser gerido a partir de Belém. Equivocaram-se. O Presidente decretou o estado de emergência cedendo em carta branca todos os poderes ao Primeiro Ministro que assim vai gerindo a crise com a música da sua concertina afinada a preceito ontem mais do agrado à esquerda deixando os seus adversários e inimigos políticos a falarem e a uivarem enquanto ele vai gerindo prudentemente as expectativas e a crise sem se comprometer com resultados. Estes só no final.
A Saúde dos cidadãos é fundamental ser defendida. Mas sem economia como se poderá alimentar o Estado Social para se poder defender a Saúde dos cidadãos?

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