segunda-feira, 2 de março de 2020

Gente de bem(?)


Uma empresa que é banco novo ou velho pouco importa, empresta dinheiro a gente do mundo de futebol que precisam urgentemente de meter “o guito” no clube do seu coração para o salvar de males maiores. A essa gente de bem(?) o banco novo ou velho pouco importa, aceita como garantia dos empréstimos as próprias acções do clube valorizando-as por um preço muito superior ao seu valor real. Essa gente amiga e de bem(?) não paga os empréstimos porque apenas serviram de testas de ferro ao clube do seu coração, que altas cabeças pensantes concederam e elaboraram com tantas perspectivas de um futuro risonho não só para os amigos gente de bem(?) como para o clube do coração dos amigos gente de bem(?) com um futuro tão glorioso à sua frente.
Como os amigos gente de bem(?) não pagaram mas não figuram como caloteiros na praça, o banco novo ou velho pouco importa, chama a si as acções que tinha recebido como garantia do dinheiro emprestado aos amigos gente de bem(?) e tão bem valorizadas foram nos assentos.

A empresa banco novo ou velho pouco importa, navega em águas turbulentas afundando-se com negócios que nos tinham sido garantidos como excelentes activos por ministros e governadores vestidos a preceito com cuecas e gravatas de seda fina, gente de bem(?) claro esta como manda a democracia dos «xicos espertos» que num dia invernoso voltaram aos corredores do poder para… nos salvarem, disseram eles.
Para a empresa banco novo ou velho pouco importa, não ir ao fundo sozinha com os seus bens(?) e amigos gente de bem(?) e de tão bom nome na praça, os homens do leme deste antigo jardim sacam directa e indirectamente dos impostos dos seus concidadãos as verbas astronómicas que lá metem nas contas para procurarem manter a empresa banco novo ou velho pouco importa à tona de água.

Um dia acordamos e ainda meio dorminhocos somos alertados para o perdão de dívida que a empresa banco novo ou velho pouco importa, concede a um clube de futebol onde todos ralham e ninguém se entendem tantas são as facções que por lá andam em guerra civil doméstica permanente. Adversários do clube onde todos ralham e ninguém se entende, gritam a plenos pulmões contra o favorecimento dado ao tal clube que para as altas cabeças pensantes da empresa banco novo ou velho pouco importa, tinham sido gente amiga e de bem(?) onde parece figurarem ainda alguns aristocratas de um tempo que já passou há muito. Que assim tal e coiso não pode ser, gritavam e berravam os outros com razão contra o perdão concedido pela empresa banco novo ou velho pouco importa. O perdão de milhões vai somar aos prejuízos da gestão com o bonito nome de imparidades nas contas da empresa banco novo ou velho pouco importa.

As altas cabeças pensantes da empresa banco novo ou velho pouco importa, olham para outros excelentes(?) activos herdados num dia de tristeza tamanha da gestão governativa, assim como para outros activos da sua própria gestão. Olhando coçando a cabeça e as partes decidem que para nos sacarem mais impostos directa ou indirectamnte por forma a manterem activas as suas mordomias de altas cabeças pensantes têm que transformar passar do estado de registo ao estado gasoso alguns dos excelentes e brilhantes negócios herdados ou executados. Vai daí ós depois, combinam e acertam a venda do activo registado que eram as acções de um futuro glorioso a um amigo gente de bem(?) habituado e com excelente curriculum em negócios pouco claros já numa outra empresa banco privado onde muitos calotes e vigarices ocorreram. Como não podia deixar de ser as altas cabeças pensantes vislumbrando o futuro para algum dos seus enteados que o amigo comprador gente de bem(?) sempre poderá facilitar no seu vasto império empresarial, concedem depois de muito coçarem a cabeça e as partes em altos estudos, as ditas acções registadas com um futuro glorioso ao preço pouco mais que da uva mijona, registando com pompa e circunstancia, não vá o diabo tece-las, as imparidades do negócio de futuro glorioso nos seus prejuízos de gestão somando esta nova imparidade há imparidade do outro clube onde todos ralham e ninguém se entende.

Assim de imparidades em imparidades a gente de bem(?) e honrada(?) não só do mundo do futebol como de outros grandes empreendedores do mundo dos negócios, vão as altas cabeças pensantes da empresa banco novo ou velho pouco importa, coçando a cabeça e as partes, por forma a que os figurantes eleitos e bem vestidinhos e perfumados dos corredores do poder com palavras redondas e promessas de futuro glorioso saquem directa e indirectamente aos impostos dos seus concidadãos mais uns milhões, para que eles, altas cabeças pensantes da empresa banco novo ou velho pouco importa, continuem a navegar à tona de água coçando a cabeça e as partes sem vislumbrar porto seguro mas sempre prontos a ajudar pessoas amigas e de bem(?)

E, assim vamos cantando e rindo porque chorar faz mal à Esperança de uma “Sociedade mais Decente” neste jardim à beira mar que a Natureza criou e o Homem tão mal trata.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.