Tantas vezes dizemos e ouvimos dizer que os dias passam a correr.
Dizemos e ouvimos mas não é verdade.
O tempo dos dias passa a uma velocidade constante fixa à milhões de anos, desde que o Planeta se formou rodando à volta do Sol. Para ele, tempo, não há autoestradas nem limites de velocidade já que foi, é e será sempre uma constante igual a si próprio que um dia há muitos anos os Sumérios sem computadores nem outras máquinas tecnológicas dividiram como hoje o conhecemos.
Nós, humanos, é que nos deixamos levar por forças ocultas bem falantes de objetivos gananciosos ditos concorrenciais levando-nos a vivermos a vida numa correria louca, quantas vezes sem norte, olhando de soslaios para os outros que como nós correm procurando ir na frente. Vivemos sem sabermos parar e olharmos para nós próprios, sem tempo nem vontade de dialogarmos com a nossa própria sombra sobre este modo de vida que nos cansa e explora até ao tutano, que nos desgasta o pensamento e nos revolta contra o outro que vai na mesma correria desenfreada, tão culpado como nós, ignorantes que somos.
Tanta correria para no final, quer na cova do cemitério quer no forno crematório entrar o nosso corpo já só matéria fria de pés para a frente. Quando tal se dá chegou o momento em que a correria neste tempo de vida deixou de existir, já nada havendo a fazer. Contudo o tempo na sua constante continuará a passar indiferente ao que nos aconteceu.
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