quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

21.12.22

Diz-me a cédula do registo de nascimento e disseram-me os meus pais que neste dia do calendário gregoriano nasci um pouco antes das oito da manhã. Vim ao mundo no mesmo quarto alugado onde no início do ano o meu irmão tinha chegado também.

Um pouco antes porque o meu pai entrava ao serviço às oito da manhã e quando lá chegou antes da hora, depois de ter saído de casa por volta das sete e meia, já tinham telefonado a anunciarem-lhe o nascimento de mais um rapaz. Ele que já tinha um rapaz e desejava uma menina apanhou com esta nova peça.

Desde aquele dia do mês de Dezembro do ano de mil novecentos e cinquenta até hoje já passou tanto tempo que a matemática mais simples regista como setenta e um anos de vida.

Nasci para viver num tempo certo. Um tempo onde pude aprender a conhecer a vida não em todas mas nas muitas facetas que os humanos criaram e vão criando nas sociedades. Um tempo de mudanças incríveis onde a paz que têm existido entre as nações depois da segunda grande guerra em muito contribuiu para a evolução positiva das mesmas sociedades. Nem tudo foi e é positivo mas o saldo é incomensuravelmente superior às coisas más e menos boas que ainda perduram e se continuam a desenvolver entre nós.

Um tempo que com tantos ensinamentos, que com tantas emoções vividas nos faz ter alguma apreensão quanto ao futuro das gerações mais novas pelo desaparecimento das emoções afetivas que hoje já vamos conhecendo.


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