domingo, 11 de fevereiro de 2024

09.01.24

 

Está frio e fria segue a vida. Só ouço e vejo rumores das mentiras que andam à solta. Continuo sem ver televisão exceto os jogos de futebol do Sporting; o ter visto o jogo Braga - Guimarães foi exceção que não altera o procedimento.

Que faço eu neste tempo de frio que convida ao recato? Leio, escrevo e vejo os rumores do que ocorre lá fora pelas redes sociais na Internet, e chega-me tresmalhado que sou de modas, hábitos e políticas.

Ao rumor do acréscimo de contágios gripal resguardo-me sem aquecimento elétrico, agasalho-me com as camisolas e casacos polares e à volta das calças enrolo e prendo na cintura uma manta quentinha destas novas de material sintético que os supermercados vendem e que guardo de ano para ano, só os pés em alguns dias é que sofrem um pouco, pois na divisão onde leio, escrevo e tenho o comutador o Sol não entra, virada que está quase a norte. Assim tenho passado, não me podendo queixar da saúde, livrando-me de ir em busca de consulta médica no centro de saúde ou no hospital. Só as artrose nas falanges dos dedos me incomodam com as suas dores agudas, dificultando a escrita pois úteis já não possuo os dez dedos das mãos..

Aqui no litoral arrabalde da cidade grande sinto mais o frio do que quando estou no meu canto no interior fronteiriço onde o frio sendo mais frio é contudo um frio seco que se suporta melhor do que este frio húmido do litoral que nos arrefece até os ossos.

Tresmalhado mas não indiferente ao que se passa no país e no mundo sigo com sonhos de utopia como energia que não se perde apenas se transforma e adapta aos estádios da sociedade. Vou continuar acreditar na possibilidade de uma sociedade mais decente, mais solidária do que atual, um mundo novo ainda é possível de alcançar, reconhecendo contudo que o inexistente futuro pertence aos jovens às suas lutas ou submissões, para minha geração de tresmalhados já não há futuro apenas sonhos e utopias como energia para resistirmos e continuarmos a sonhar empurrando a vida.

Não dou importância a papagaios e catatuas sem penas, não me interessa o que o converso democrata inquilino do palácio rosa diga ou desdiga porque nele tudo é possível menos a seriedade e a verdade; ainda me enganou nos seus primeiros meses de presidência, pois vínhamos de dez anos de pesadelo com o sorumbático “homem do poço” na presidência e seus fieis discípulos a governarem desgraçadamente por quatro anos de cortes abruptos e miseráveis no pobre Estado Social que ainda resiste neste lugar de velhas fronteiras.


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