quarta-feira, 24 de janeiro de 2018


Ando fora dos noticiários. A minha amiga rádio tem estado calada. Ao almoço ou ao jantar na hora dos telejornais, não consigo ouvir a maior parte do que dizem, pelas imagens faço as minhas deduções. Hoje à noite há bola e o Presidente parece que faz dois anos no Palácio de Belém, com isto mais umas imagens de Davos, o caso da justiça transformado em caso político passou a segundo plano, mas vai voltar a ocupar os canais com os comentadores todos a opinarem.
Dum pingo de água, os da meteorologia fazem avisos amarelos e laranjas a toda hora. Ainda não choveu e já os citadinos estão cansados da chuva que não cai dos céus.
Na comunicação social que espreito nos jornais pela internet, tudo serve para criar casos políticos que possam prejudicar a imagem do governo, da coligação parlamentar que o apoia ou de um dos seus elementos executivo, tudo serve para grandes títulos, mesmo que sejam mentiras, o que importa é vender a ideia, a imagem..., a verdade fica esquecida ou arquivada na gaveta do director.
Contrariando a imagem interna no exterior olham-nos com um pouco mais de respeito e de expectativa perante as medidas e o caminho que a falsa «geringonça» tem conduzido o país. Já não ouvimos nem lemos os doutos comentadores agourarem sobre as perspectivas das não menos famosas agências de rating internacional. Fazem-se emissões de divida publica e não se comentam as taxas, eles lá sabem o porque. Quanto às taxas de desempregados, não comento, pois não acreditava aquando do anterior governo e continuo a não acreditar no actual; gostava mais de saber a evolução dos desempregados inscritos com mais de 40 anos de idade, assim como dos postos de trabalho criados para os jovens e para os desempregados de longa duração. Eles sabem, só que é mais interessante falar das médias e dos números de inscritos no centros de emprego.
Quanto ao caso com Angola ou da justiça com um dos seus políticos de nome Manuel Vicente, não sei se o senhor já foi constituído arguido, se foi acusado e do que foi acusado. Sei que muitos dos elementos angolanos que constituem o equivalente ao nosso Ministério Publico em Angola, têm ou receberam formação em Portugal e frequentaram cursos de formação no Centro de Estudos Judiciários, pelo que entendo que a recusa de MP enviar o processo para Angola, não terá tanto a ver com a qualidade da justiça em Angola, mas sim com os preconceitos políticos dos elementos que hoje mandam no MP. Políticos no MP sim, pois não há apolíticos. Estranho a posição agora assumida, quando no passado eles próprios mandaram arquivar processos tão ou mais prejudiciais à imagem nosso país e a nossa economia. Será que só os «Jacinto Leite Capelo Rego» angolanos e moçambicanos é que lavam dinheiro no nosso mercado financeiro? Cadê os outros?
O senhor Presidente celebra dois anos desde que tomou posse. Já gostei mais do seu protagonismo. Não é pelo que disse ou comentou aquando dos desgraçados incêndios do verão passado, ou que comenta sobre o Governo, mas sim pelo silêncio, pelo seu assobiar para o lado, o ignorar simples de quem lava as mãos como Pilatos, no que respeita à situação dos sem abrigo-antigos-combatentes, fez-me começar a olha-lo de outro modo. 

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