
Ando
fora dos noticiários. A minha amiga rádio tem estado calada. Ao
almoço ou ao jantar na hora dos telejornais, não consigo ouvir a
maior parte do que dizem, pelas imagens faço as minhas deduções.
Hoje à noite há bola e o Presidente parece que faz dois anos no
Palácio de Belém, com isto mais umas imagens de Davos, o caso da
justiça transformado em caso político passou a segundo plano, mas
vai voltar a ocupar os canais com os comentadores todos a opinarem.
Dum
pingo de água, os da meteorologia fazem avisos amarelos e laranjas a
toda hora. Ainda não choveu e já os citadinos estão cansados da
chuva que não cai dos céus.
Na
comunicação social que espreito nos jornais pela internet, tudo
serve para criar casos políticos que possam prejudicar a imagem do
governo, da coligação parlamentar que o apoia ou de um dos seus
elementos executivo, tudo serve para grandes títulos, mesmo que
sejam mentiras, o que importa é vender a ideia, a imagem..., a verdade
fica esquecida ou arquivada na gaveta do director.
Contrariando
a imagem interna no exterior olham-nos com um pouco mais de respeito
e de expectativa perante as medidas e o caminho que a falsa
«geringonça» tem conduzido o país. Já não ouvimos nem lemos os
doutos comentadores agourarem sobre as perspectivas das não menos
famosas agências de rating internacional. Fazem-se emissões de
divida publica e não se comentam as taxas, eles lá sabem o porque.
Quanto às taxas de desempregados, não comento, pois não acreditava
aquando do anterior governo e continuo a não acreditar no actual;
gostava mais de saber a evolução dos desempregados inscritos com
mais de 40 anos de idade, assim como dos postos de trabalho criados
para os jovens e para os desempregados de longa duração. Eles
sabem, só que é mais interessante falar das médias e dos números
de inscritos no centros de emprego.
Quanto
ao caso com Angola ou da justiça com um dos seus políticos de nome
Manuel Vicente, não sei se o senhor já foi constituído arguido, se
foi acusado e do que foi acusado. Sei que muitos dos elementos
angolanos que constituem o equivalente ao nosso Ministério Publico
em Angola, têm ou receberam formação em Portugal e frequentaram
cursos de formação no Centro de Estudos Judiciários, pelo que
entendo que a recusa de MP enviar o processo para Angola, não terá
tanto a ver com a qualidade da justiça em Angola, mas sim com os
preconceitos políticos dos elementos que hoje mandam no MP.
Políticos no MP sim, pois não há apolíticos. Estranho a posição
agora assumida, quando no passado eles próprios mandaram arquivar
processos tão ou mais prejudiciais à imagem nosso país e a nossa
economia. Será que só os «Jacinto Leite Capelo Rego» angolanos e
moçambicanos é que lavam dinheiro no nosso mercado financeiro? Cadê
os outros?
O
senhor Presidente celebra dois anos desde que tomou posse. Já gostei
mais do seu protagonismo. Não é pelo que disse ou comentou aquando
dos desgraçados incêndios do verão passado, ou que comenta sobre o
Governo, mas sim pelo silêncio, pelo seu assobiar para o lado, o
ignorar simples de quem lava as mãos como Pilatos, no que respeita à
situação dos sem abrigo-antigos-combatentes, fez-me começar a
olha-lo de outro modo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.