segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A vida na comunicação social quando ligo o radio ou a TV, quase tudo roda à volta do futebol, à volta das eternas tragédias do passado verão, das possíveis intrigas na coligação parlamentar e agora também o lavar dos cestos no PPD/PSD ou só PSD. Lá de fora repetem-se as imagens do frio e da neve que fustigam os “américas” dos EUA e Canadá, temperadas com as historias e trapalhadas do “louco” que diz governar os EUA. Deixe-mo-lo em sossego porque isso já é dar-lhe muita importância.
Com tanta neve até parece que por cá a chuva que tem caído mais a norte acabou com a seca no interior centro e todo o sul do país. Agora o tema da seca e as suas causas, já não produz dividendos políticos, nem audiências.
A juntar ao eternizar tendencioso dos incêndios metralham-nos com imagens fortes de hospitais, que a serem verdadeiras são revoltantes, servindo para inteligentemente os opositores do SNS Serviço Nacional de Saúde Publico atacarem o Governo, como se este fosse o único culpado da situação caótica das imagens. Em contraditório o Governo faz passar imagens de hospitais visitados onde tudo esta em ordem. Voltando às tristes imagens de caos na enfermaria do Hospital de Faro, pergunto-me, o que seria daqueles cidadãos se não tivéssemos um Serviço de Saúde Publico quase gratuito? Como seriam tratados pelas companhias de seguros num Estado liberal onde predomina a ideia de um Portugal com menos Estado? Estariam onde? Claro que todos os cidadãos são iguais perante a lei e merecem ser tratados com dignidade e igualdade pelos serviços públicos, porém as imagens dizem-nos o contrario.
Quanto ao futebol limito-me a ouvir procurando manter-me fora-de-jogo. Muito dinheiro em jogo, muitos interesses fora das quatro linhas sem inocentes nem anjinhos, onde o Rei há muito vai nu.
Tudo serve para criar casos políticos que possam afectar a credibilidade do político governante e com isso atingir o acordo parlamentar que suporta o Governo. Claro que não fica bem a um cidadão que é ministro pedir uma borla para assistir a um jogo futebol, quando um dos seus secretário foi obrigado a pedir a demissão por ter aceite o convite (borla) para ir assistir a um jogo da Selecção em Paris. O facto não afecta a capacidade técnica do Ministro mas enfraqueceu a sua imagem política.
A eleição do futuro presidente ou dirigente máximo do PSD, ocupa a nossa atenção e em especial os seus militantes. Para quem esta por fora e não corre, o debate televisivo não trouxe nada de novo, confirmando a velha máxima política que “os meus inimigos são os do meu partido, os outros são meus adversários”; de registo ainda o azedume que uma das partes em confronto tem ao 25 de Abril. Os militantes lá saberão escolher o líder que querem, estou fora dessa batalha.

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