domingo, 14 de janeiro de 2018

Não vou a trinta porque já não ia a cinquenta. Vou no meu passo calmo porque já andei correndo. A trinta a pancada também acontece, o atropelamento pode ser fatal. Parece-me que estamos a voltar ao tempo do álcool zero. Seja a trinta, a cinquenta ou mais, o acidente irá continuar a existir. Porque não se vai às causas, não se vai à raiz do mal. Acha-se que podando uns ramos do mal que este diminuiu. Tenho duvidas, ou estão a mandar-nos para as auto-estradas, para depois virem com a conversa de mais investimento em betão e betuminoso? Sei não, mas desconfio.
Excesso de velocidade. Elevado grau de alcoolemia, ocupam o pódio das causas das mortes por acidentes. Falta de educação cívica, condutores sedados com químicos ditos farmacêuticos, não entram nas causas quanto mais nas estatísticas. Não fica bem dizer que o condutor X não teve educação cívica e seguia em excesso de velocidade. O poder da industria química da saúde humana não tolera que os seus clientes sejam inibidos de conduzir por prescrição médica, quando têm de tomar coketails de drogas para a ansiedade, para os nervos, para o sono.
Assim se e quando a lei for promulgada, não irei a trinta porque já não ia a cinquenta. Irei no meu passo calmo porque já andei correndo.

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