Não
vou a trinta porque já não ia a cinquenta. Vou no meu passo calmo
porque já andei correndo. A trinta a pancada também acontece, o
atropelamento pode ser fatal. Parece-me que estamos a voltar ao tempo
do álcool zero. Seja a trinta, a cinquenta ou mais, o acidente irá
continuar a existir. Porque não se vai às causas, não se vai à
raiz do mal. Acha-se que podando uns ramos do mal que este diminuiu.
Tenho duvidas, ou estão a mandar-nos para as auto-estradas, para
depois virem com a conversa de mais investimento em betão e
betuminoso? Sei não, mas desconfio.
Excesso
de velocidade. Elevado grau de alcoolemia, ocupam o pódio das causas
das mortes por acidentes. Falta de educação cívica, condutores
sedados com químicos ditos farmacêuticos, não entram nas causas
quanto mais nas estatísticas. Não fica bem dizer que o condutor X
não teve educação cívica e seguia em excesso de velocidade. O
poder da industria química da saúde humana não tolera que os seus
clientes sejam inibidos de conduzir por prescrição médica, quando
têm de tomar coketails de drogas para a ansiedade, para os nervos,
para o sono.
Assim
se e quando a lei for promulgada, não irei a trinta porque já não
ia a cinquenta. Irei no meu passo calmo porque já andei correndo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.