
Não
sou contra tudo
o que se vai fazendo de
novo. Guardo para mim o poder não gostar, mas eu sou apenas eu, um
ser que teima em pensar. Não sou saudosista, nem tão pouco fã de
tudo o que hoje se diz serem tradições antigas, pois nem tudo o que
era antigamente feito era bom ou de louvar,
como disse não sou saudosista.
Sendo
um zero à esquerda e à direita da virgula em questões de arte e
arquitectura, não vejo no património nacional por nós herdado o
traço que tenha que ser seguido nos dias de hoje. Felizmente
vive-se melhor hoje do que há quarenta anos atrás em
quase todos os aspectos, embora não haja bela sem senão.
No
início da obra questionei-me do porque ser ali o único lugar onde o
foram construir. Logo ali onde existia a lagoa no Valcabeiro. Porque
ali? A economia social é um bem, uma conquista da democracia e
depois de feito a lagoa será apenas e só uma
lembrança fotográfica e de alguns mais idosos habituados na dureza
do verão ali procurarem água para os seus animais e para as suas
hortas.
A
Zebreira é uma terra de características diferentes de muitas
outras. Normalmente todas as terras tem um largo onde pontifica a
igreja e de lá partem muitas das ruas que as compõem. O largo da
igreja é também na generalidade o largo principal das festas
populares. Na
Zebreira nada disso acontece, construíram a Igreja Matriz numa das
pontas da povoação, longe da estrada nacional, do castelo e do
chafariz publico, o largo da Igreja é hoje rodeado por casa carentes de vida onde
os mortos mais abaixo são a sua companhia na esperança de uma outra
vida melhor.
O local das festas foi levado para terrenos já da Herdade do Soudo,
fora da povoação e é por lá que hoje se concentram alguns dos
bens sociais da população que resiste, luta
e teima em aqui viver . E
quando tudo parecia indicar que era por lá que a construção do Lar
teria lugar, foi o mesmo efectuado numa outra ponta contraria da
povoação. Não sou contra nem digo mal, pois até digo, bem haja a
quem teve a ideia e lutou por ela, pois o meu pai e nós, até
beneficiamos bastante da sua localização, a qual permitiu durante
alguns anos a que o meu pai residente no lar pudesse ir quase todos os
dias passar umas horas na sua casa à beira da estrada nacional.
E, o que era uma lagoa é hoje um bem social que a todos orgulha, pelo bem estar que trouxe não só a muitos dos idosos mas também aqueles que com o seu trabalho contribuem para o bom nome da Instituição e da Zebreira ou Vila da Zebreira.
E, o que era uma lagoa é hoje um bem social que a todos orgulha, pelo bem estar que trouxe não só a muitos dos idosos mas também aqueles que com o seu trabalho contribuem para o bom nome da Instituição e da Zebreira ou Vila da Zebreira.
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