terça-feira, 9 de janeiro de 2018


Às vezes penso que não estou aqui, vivo numa outra terra lá longe onde na juventude não conheci amigos para lá de um ou dois primos que lá viviam e que agora não vivem lá.
Ando cansado desta vida de reformado na cidade. Recuso-me a andar pelos bancos de jardim, a estar nos cafés, conhecer outras pessoas que dizem mal da vida e da política; recuso-me a conhecer pessoas que só conheçam os seus direitos e não se lembrem dos deveres e obrigações. Por isso, às vezes estou aqui mas estou lá, mais lá do que aqui, já que o pensamento é de uma dimensão muito superior ao corpo físico que o alberga.
Para me manter vivo tenho que voltar ao meu trabalho na área do ambiente e em especial no tratamento da água. É para isso que vou lutar, para me libertar das amarras que me prendem e fazem de mim apenas e só mais um na cidade. 
As oposições, os obstáculos são muitos e de todas as formas, somos por natureza cépticos, adversos aos desenvolvimentos científicos que sejam alternativos às opiniões dominantes, mesmo quando demonstramos a eficácia das alternativas. Hoje em dia o conceito «moda» saiu das passerelles e instalou-se nas mentes de muitos dos decisores.
Se as alterações climatéricas são porventura um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta já neste início de século, então a água é um bem social fundamental para a sobrevivência sustentável do planeta Terra.

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