
Às
vezes penso que não estou aqui, vivo numa outra terra lá longe onde
na juventude não conheci amigos para lá de um ou dois primos que lá
viviam e que agora não vivem lá.
Ando
cansado desta vida de reformado na cidade. Recuso-me a andar pelos
bancos de jardim, a estar nos cafés, conhecer outras pessoas que
dizem mal da vida e da política; recuso-me a conhecer pessoas que só
conheçam os seus direitos e não se lembrem dos deveres e
obrigações. Por isso, às vezes estou aqui mas estou lá, mais lá
do que aqui, já que o pensamento é de uma dimensão muito superior
ao corpo físico que o alberga.
Para
me manter vivo tenho que voltar ao meu trabalho na área do ambiente
e em especial no tratamento da água. É para isso que vou lutar,
para me libertar das amarras que me prendem e fazem de mim apenas e
só mais um na cidade.
As oposições, os obstáculos são muitos e
de todas as formas, somos por natureza cépticos, adversos aos
desenvolvimentos científicos que sejam alternativos às opiniões
dominantes, mesmo quando demonstramos a eficácia das alternativas.
Hoje em dia o conceito «moda» saiu das passerelles e instalou-se
nas mentes de muitos dos decisores.
Se
as alterações climatéricas são porventura um dos maiores
problemas que a humanidade enfrenta já neste início de século,
então a água é um bem social fundamental para a sobrevivência
sustentável do planeta Terra.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.