O
país vive endividado, todos sabemos, mas isso não é desgraça
apenas só nossa, é normal em economia, a maioria dos países vive
de empréstimos quer seja dos seus concidadãos quer seja do mercado
externo. A divida publica não sendo para pagar de imediato é
contudo obrigação de quem governa saber geri-la a contendo de
acordo com a riqueza que o próprio país produz. Com influência na
sua gestão está pois o pensamento político ideológico.
Normalmente os partidos políticos de direita e centro direita clamam
para si medidas de gestão restritivas, os que se classificam do
centro esquerda e de esquerda preferem medidas mais sociais, laxistas
no dizer dos opositores à direita.
Nos
últimos anos temos assistido a políticas macro-económicas que
ajudam ao aumento das desigualdades salariais e sociais. O mundo do
trabalho mudou muito nos últimos anos, e não querer ver isso, é
simples miopia política de quem vive agarrado a dogmas, não se
conseguindo libertar dos sonhos e utopias de contextos económicos e
sociais muito diferentes dos actuais. As novas condições de
trabalho que se geram no próprio mercado cada dia mais precário,
acentuam ainda mais, essa desigualdade salarial. Como combater este
estado de coisas, que por um lado cria desigualdades e tensões
sociais e por outro obriga o Estado a alocar cada vez mais fundos no
apoio a franjas da sociedade cada vez maiores?
Só
pela educação e mesmo assim, levará alguns anos, até que ela
produza efeitos na nossa
sociedade, às portas da maior e mais rápida revolução industrial
de sempre. Educação que terá de olhar o mundo a médio e longo
prazo, deixando-se da média nas estatísticas, procurando
antes
promover
o saber para as profissões de futuro. Não é, nem será fácil,
mas é o caminho… que
nos resta.
Ontem
li na capa do Jornal Público que o Governo vai acabar com o corte de
5% nos gabinetes dos políticos quer na Presidência, quer no
Governo, quer no Parlamento, quer nas Autarquias, acabando igualmente
com as restrições nos prémios dos gestores públicos. Isto a ser
verdade, mostra que, ou andam a apalpar a opinião pública, ou há
diferentes pensamentos económicos dentro do próprio Governo. Um
Governo de esquerda ao centro que por vezes troca as mãos pelos pés
e vice versa.
Para
quando o exemplo de boas medidas de gestão quer da divida publica,
quer de uma política salarial para o mercado publico e privado, ser
apanágio dos políticos assim como dos seus amigos gestores? Aprendi
que o exemplo vem de cima, mas parece que já não é assim...
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