sexta-feira, 15 de maio de 2020

Décimo segundo dia deste tempo novo


A política portuguesa é jovem, às vezes tropeça em políticos pouco abonatórios mas, segue o seu rumo com altos e baixos como é normal em democracia.
Gosta-se mais de uns do que outros, é normal entre os democratas. Felizmente, não pensamos todos da mesma forma e modo. As divergências são necessárias e até fundamentais em democracia. O contraditório o seu instrumento.
Que vantagens para o país traria a demissão do Ministro das Finanças?
Numa altura em que políticos e técnicos de saúde continuam a apalpar terreno e medidas contra o desconhecido vírus, o porquê de um caso político com a demissão voluntária ou imposta do homem que governa com esmero cuidado as finanças públicas?
Que vantagens para o país, não para a política corriqueira dos telejornais, teria a sua demissão?
Que motivos terão levado o comentador - mor do país no seu papel de Presidente a meter-se em assuntos do executivo?
A culpa disto tudo, ficou lá atrás aquando da gestão danosa que o DDT da altura ia fazendo, com os mesmos papagaios televisivos a beijarem-lhe os passos e a lamberem-lhe o dito.
Culpa nos erros da gestão gravosa de políticos e administração do BP na solução do problema Grupo BES.
Culpa na opção de venda a mais um fundo financeiro em vez da nacionalização a termo da instituição bancária.
Meter lá os milhões orçamentados parece-nos mal mas é o caminho que foi escolhido com tantos erros pelo meio. Caminho cheio de silvas venenosas que temos de cumprir pelos acordos anteriormente estabelecidos.
Que podemos esperar de gestores liberais e neoliberais cujo sentimento de vida passa única e exclusivamente pelos bens pessoais do seu próprio umbigo? Nada é claro! seja na banca, seja nos seguros, seja nas comunicações, seja na energia. Eles, os gestores de topo, estão lá porque foram nomeados para nos comerem a carne e chuparem os ossos até ao tutano, recebendo em troca graciosos prémios de gestão.
Uma instituição que perdoa milhões a clube de futebol, a empresário ligado ao futebol, a outros vaidosos empresários, pode fazê-lo porque sabe que existe um acordo nupcial que salva os seus accionistas privados da gestão do buraco e em troca recebem os graciosos prémios para alegria e satisfação dos seus umbigos continuando a tradição da gestão dolosa dos anteriores gestores.
Olhemos para o futuro sem medo. Conscientes de que a vida por agora mudou sem sabermos como será amanhã.
Ficarmos em casa com medo não é solução com futuro.
No final disto tudo alguns ricos estarão mais ricos. O “Zé” irá novamente pagar com língua de palmo e meio toda a crise gerada pelo vírus e pelo medo, porque por mais donativos com ares solidários que façam... eles não dão almoços grátis.

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