terça-feira, 5 de maio de 2020

Terceiro dia de um tempo novo


Continua a vida a rodar à volta das ideias mais do que as certezas que o famosos vírus nos coloca no nosso dia a dia.
O povo é sereno, disse um dia um Almirante de uma das janelas do Terreiro do Paço à multidão. Na verdade ao segundo dia útil deste tempo designado de calamidade os trabalhadores habituais que comigo se cruzam há meses, de todos só dois não levavam ou tinham mascara e um não tinha porque estava sentado comendo uma sandes enquanto aguardava o horário da camioneta que o deverá levar até ao seu local de trabalho.
Quando caminho de manhã e à tarde não uso mascara, procuro seguir por caminhos onde não haja muita gente desconhecida a caminhar.
É na forma cívica de como nos devemos comportar que está a solução para evitar o contágio e assim não dar azo a que o bichinho faça a sua festa à custa da nossa saúde. As mascaras podem ajudar o infectado inocente ou inconsciente a não infectar o familiar, amigo ou desconhecido quando fala, tosse ou espirra. Contudo uso-a em locais fechados já antes de ser obrigatório nesses espaços. É que vale mais prevenir que remediar. Quanto à certificação passo um pouco ao lado. Tenho três diferentes e caseiras que as uso com o reforço de um lenço de papel, sendo que o principal é evitar estar a falar com pessoas muito perto umas das outras.
Por agora e até à existência da tão aguardada vacina teremos de suspender por nossa iniciativa, para bem da nossa saúde e da saúde dos outros, o sermos o país que criou a língua portuguesa, aquela que melhor traduz o sentimento de sermos um povo de saudades, nostalgias e afectos.
Depois quando a vacina nos livrar do medo irracional, das ansiedades múltiplas iremos voltar a viver e a festejar a vida num tempo novo, faça sol ou faça chuva.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.