sexta-feira, 22 de maio de 2020

O quinto dia desta segunda fase do tempo novo


Covid-19
As vítimas quer do contágio quer dos falecimentos continuam numa série de números que não sendo alarmantes não nos deixam descansados de todo.
Contudo porque números são números, gostaria de saber a natureza, a origem desses números. Qual o número total de infectados e falecidos que estavam em lares legais e ilegais? Qual o número de infectados e falecidos que trabalhavam em empresas com especial incidência em empresas do ramo alimentar desde a produção à venda?
Quer nas empresas situadas na zona industrial da Azambuja, quer nos Lares parece-me que os gestores quer dos Recursos Humanos quer dos Lares são fracos, muito fracos. Ou andavam distraídos a verem telenovelas ou acreditavam na "obra e Graça do Divino Espírito Santo" esquecendo que o bichinho vírus também é filho do mesmo Deus.
Quem é que agora (durante os próximos tempos) compra frangos e seus derivados da marca Avipronto?
Quais as quebras nas vendas das lojas Continente e Modelo?
E, tudo porque o vírus se hospedou num ou mais funcionários trabalhadores que não souberam respeitar a sua saúde e a saúde dos outros, nem possívelmente terão sido instruídos pelas empresas de como deveriam proceder nas suas vidas pós laboral.
Fraca é a figura do Presidente da Câmara. Desculpar-se com os comboios da CP é obra, desculpa de mau pagador. É mais um autarca que depois de casa roubada trancas à porta. Neste tempo de pandemia já conhecemos uma série engraçada de autarcas que demonstram a sua inoperacionalidade na gestão da sua autarquia.
Quando ouvi o Delegado Sindical dizer que os trabalhadores também têm a sua vida social, fiquei esclarecido. Mais um.
Sobre a intervenção da senhora que dirige a Intersidical, só digo :- era melhor ficar em casa caladinha. O Mundo do trabalho mudou e a vida de quem trabalha por conta de outrem mudou muito mais, piorando em muitos aspectos, sendo necessário outro tipo de análise uma outra forma de argumentar, de exigir respeito.
Semáforos nas praias?
Quando li pensei que era mais uma notícia falsa e passei à frente. Ao ouvir o Ministro do Ambiente falar dos mesmos e das cores, levantei-me, bati com a cabeça na parede, voltei atrás para ouvir de novo e perdi o apetite. Não queria acreditar no que ouvia.
É certo que eu e este senhor Ministro do Ambiente não acertamos uma. Cada vez que o ouço falar julgo que vivo num outro país ou numa outra galáxia, que eu não serei eu.
Fui um felizardo desde os oito anos até quase aos vinte vivi quase na praia. Hoje a praia para mim no verão é boa ao nascer do dia quando quase todos ainda dormem, e ao final da tarde, há hora das gaivotas quando elas chegam para limpar o areal dos restos que a praga humana dos chamados «banhistas» lá deixa no areal por falta de civismo. Aprendi ainda miúdo a respeitar quer as cores das bandeiras, quer o banheiro dispensando qualquer tipo de semáforo ultra moderno que já cheira a negociata.
Fiquei triste porque penso que esta gente está a parametrizar a vida nas praias sem conhecer a realidade. Será que eles só conhecem o Algarve, as praias da Costa da Caparica e da Linha de Cascais? E o restante litoral com os seus areais de quilómetros?
Cultura
Que política de cultura ou para quem é a cultura deste Governo?
Dão-se milhões para as grandes cadeias nacionais de difusão da anti-cultura, das meias verdades ou meias-mentiras e, reservam-se uns míseros tostões (quatrocentos mil euros) para as pequenas editoras e livrarias independentes.
Nem os neoliberais do passado fariam pior.

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