segunda-feira, 10 de junho de 2024

28.03.24

 

O rebanho agita-se por questões políticas; há burgueses a ficarem inquietos com a nova composição da Assembleia da República, onde um presumível terrorista do designado ”verão quente” chegou a vice-presidente da mesma. Gente aquela que se recusa a olhar e analisar os factos históricos quer do passado longínquo quer do recente, vivendo agora essa a fação do rebanho sobressaltada e preocupada com a ascensão do presumível integrante e ideólogo do MDLP ou ELP (organizações terroristas inimigas do 25 de Abril), esquecendo, uns de modo próprio outros por pura ignorância burguesa desta nova ordem democrática quem é que posteriormente reabilitou e condecorou o “chefe” desertor militar de uma das sinistras organizações, concedendo-lhe uma medalha promovendo-o também a Marechal. Tudo gente do Novembro que Abril não merecia.


Não vivo neste tempo, resisto mas não vivo. Sei que sou um velho que se reconhece como tal, não deixando que a velhice tome conta de mim, sou assim um velho sem velhice tresmalhado que vai caminhando na outra margem da vida levando às costas setenta e três anos de vida vivida do meu jeito de ver o mundo.

Não vivo neste tempo, fechei-me no meu mundo de sonhos, utopias e lembranças, não deixando de olhar atento ao que se passa lá fora com as movimentações do rebanho.

Tenho a minha casa, os meus chões de oliveiras, a minha cadela e a minha gatinha, a minha reforma, se esta sofrer cortes os três iremos adaptarmo-nos, pois seguros só tenho os obrigatórios para poder andar conduzindo, irei aguentar porque já nada espero deste meu país, incapaz que foi de trilhar o seu próprio caminho após o redentor 25 de Abril.

Não tenho nenhum respeito pela quase totalidade dos políticos que se sentam no palácio em S. Bento, sendo que, aqueles a quem guardo ainda algum respeito por mais ideias e propostas válidas que apresentem não terão eco na comunicação social dominante mais interessada em continuar a alienar as mentes submissas do rebanho, a culpa também será desses políticos, aliás todos temos a sua dose de culpa ao termos chegado e permitido que o país esteja caminhando submisso a interesses exteriores de falsos amigos, mas enquanto puder cá estarei para ir prestando atenção ao que se passa, continuando a minha caminhada serena pela outra margem desalinhado e tresmalhado mas consciente.

O futuro pertence aos jovens sendo já tempo de se fazerem à vida, sujeitando-se aquilo que escolherem deixando de viver debaixo das asas dos progenitores. A vida que hoje levam indiferentes às lutas que no passado os mais velhos encetaram e sofreram irá ensina-los que o caminho se faz não só caminhando como lutar e resistir são necessários, nunca é tarde para se sonhar por um país melhor, mais decente tomando consciência que o sistema capitalista consumista e egoísta do individualismo não produz bons frutos havendo que mudar a agulha da vida numa outra direção que esta nos está a levar ao abismo.

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