domingo, 17 de dezembro de 2017



Mais um dia nesta viagem. Mais um recomeçar tudo de novo vivendo dia a dia como sendo o primeiro do resto que tenho para andar. Olhando e escutando o interior, perguntando à sombra se ela me pode dizer mais alguma coisa mais do que aquilo que os dois em um sabemos.
As noites passaram a ser um pouco diferentes, não que nos custe, a mim e à minha sombra, o adormecer inicial, um ou dois minutos nem tanto para passarmos pelo subconsciente e mergulharmos nas profundezas do inconsciente, deixando-nos por lá ficar. Apenas o ressonar alterando o compasso da respiração dá sinal de vida.
Contudo, agora, o levantar para o urinar nocturno, como que me acorda não permitindo que recolocado o corpo na horizontal possa de imediato voltar ao universo inconsciente. À mente acordada chegam aos trambolhões ideias, pensamentos e medos que procuro evitar mandando-os embora. Contudo o relógio da sala vai batendo as meias e as horas até que por fim lá me encontro a navegar no subconsciente à tona d’agua aguardando a chegada das sete para sair de casa, olhar pelo meu amigo gato de rua que me aguarda a fim de tomar o seu pequeno almoço, seguindo depois a minha caminhada até por volta das oito.
A vida é feita de pequenos nadas e agora também, de pequenas e grandes dúvidas face aos caminhos alternativos que a ciência nos oferece.
E, como hoje somos o somatório acumulado de experiências, vivências e decisões tomadas ao longo da vida passada, sorrio lembrando-me que foi mais fácil a decisão de escolher o trilho que evitou um dia ter o grupo de combate caído na emboscada que a UNITA nos montou, do que escolher um destes trilhos alternativo agora propostos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.