sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

No alto da pequena duna que o progresso se encarregou de desfazer, olho o mar, o horizonte de tantas esperanças e de alguns medos de então. A guerra no mato em Angola me aguardava e ali estava eu na minha praia em curtas férias a pensar no que fazer à vida. A Consolação com as suas dunas, com o seu mar e o horizonte lá ao fundo distante, alimentava-me a esperança e a crença do que a vida me ia proporcionar… ali as paredes não tinham ouvidos e o sonho comandava a vida... mas como iria eu despedir-me de meus pais, uma duvida e um medo que nunca resolvi… só o meu irmão e os primos da Azambuja me acompanharam na despedida clandestina naquela noite no Figo Maduro. Ali, naquela praia de areia grossa, de águas frias e ondas fortes, com nortada ao final da tarde, vivemos, crescemos e fomos felizes!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.