Um
ano que acaba e outro começa. Saudades só do futuro. Este que esta
a acabar e todos os outros sessenta e sete seus antecedentes serviram
para aprender e guardar na memória as coisas boas e as menos boas,
porque todas elas fizeram de mim o que sou hoje. Aprendemos mais com
as derrotas e as dificuldades do que com as vitórias, por isso o ano
civil que se presta para terminar não deixa saudades mas tão só
registos, alguns bons e outros nem tanto.
Uma
coisa me parece evidente, vou continuar as minhas viagens pela outra
margem. Gosto, habituei-me e gosto de andar pela outra margem da
vida, preservando a minha independência quase nem dou por andar em
contra-mão.
Em
contra-mão respeitando o sistema vigente, cumprindo com as
obrigações a que um qualquer cidadão português esta obrigado, por
vezes no limite mínimo, mas cumpro. Dou mais importância aos
deveres e obrigações, do que aos direitos que nos são atribuídos
nesta Democracia. Não quero com isto dizer que não seja defensor
dos direitos consignados na Constituição. Sou-o de tal forma que
não vejo nenhuma necessidade de a mesma ser alterada ou reformada
como alguns gostariam. O que é preciso é saber lê-la, ter
bom-senso, não ficar agarrado à letra da mesma, saber jogar dentro
dos limites que ela nos oferece, por forma a que possamos caminhar
para uma sociedade mais decente, onde os ricos possam continuar a ser
ricos e os pobres cada vez menos pobres, que o fosso entre as classes
mais ricas e as mais pobres, que existe neste final de ano civil se
possa inverter com bom-senso.
Pela
manhã o tempo continua cinzento. Com o dia a acordar também o vento
ainda dormia.
Bom
ano 2018!
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