quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Se assim é, a ser verdade, o político quando ocupa lugares de governação tem de ter uma vida transparente na sua globalidade, ou seja, deixa de ter vida privada privativa. Primeiro por respeito a quem nele confiou para o cargo. Segundo porque as suas possíveis aventuras amorosas podem ser de alto risco, como parece ser o caso. Por último porque os cidadãos que votam nas eleições, independentemente do partido em quem votam, têm de ser respeitados por todos os políticos quer governem, quer estejam nas Assembleias.
Um político que não saiba distinguir os interesses do país dos interesses do coração, ou da conta bancária, não merece ter a consideração de quem pensa que a Política ainda é uma causa nobre.
Ao sujeitar-se ao ridículo de andar a ser falado por aí como um "gajo" que doava dinheiros públicos para ir passar umas noites cor-de-rosa com a "senhora" desacredita o Governo de que faz parte, o partido a que pertence, dando azo a que todos os anti-democratas, digam e criem a ideia de que os políticos são todos iguais, quando isso felizmente não é verdade.
É triste! E, não me venham com a história de que a vida privada só a eles diz respeito. Quando se mistura política, férias cor-de-rosa e dinheiros públicos, perde-se o direito à privacidade. Não deve haver respeito por quem não soube respeitar, o lugar que ocupava no Governo, nem os muitos Zés Contribuintes que com sacrifício pagam os seus impostos para que os mesmos sejam bens geridos colectivamente.
Perante estas tristes cenas, vêm-se sempre à memória o saudoso amigo Major Blasco, quando em 1972 um dia em Viana do Castelo no final do IAO, chamou os Aspirantes a Oficiais Milicianos, e nos perguntou quantos analfabetos, quantos sabiam ler e escrever, quantos órfãos tínhamos no nossos Grupos de Combate, quantos dos nossos soldados eram casados, quantos tinham filhos, mulheres ou namoradas grávidas… e, perante o nossos desconhecimento, nos chamou todos os nomes usados na gíria militar sem que algum de nós tivesse ousado dizer alguma coisa. Serviu-me de lição e é assim que ainda hoje vejo o Serviço da Causa Pública.
A serem verdade as férias pagas com dinheiros da IPSS Raríssimas, deveria o Partido Socialista tomar uma atitude firme e auto-exclui-lo de toda e qualquer actividade política. O que eu duvido que vá acontecer.
Só saem é senas tristes no baralho das cartas sujas.

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