
O
tempo voa na sua constante, passa indiferente à divisão que a
ciência dos homens estabeleceu há séculos lá para trás do tempo.
Ainda em algumas mesas se consomem as iguarias festivas da noite de Natal, já o mesmo foi esquecido, passou à historia. Os Pais Natal foram-se, pelo que devem estar a aquecerem-se na imaginaria Lapónia, já não se enxergam por cá. Agora há que preparar as mentes humanas para a passagem do ano civil. Hábitos a que nos habituamos sem compreender bem o porque de tanta festa, de tanta euforia, já que o tempo não muda, não desacelera, nem acelera. O tempo nada nos traz, somos nós que o preenchemos, que o tornamos mais leve ou mais pesado, mais colorido ou mais negro.
Ainda em algumas mesas se consomem as iguarias festivas da noite de Natal, já o mesmo foi esquecido, passou à historia. Os Pais Natal foram-se, pelo que devem estar a aquecerem-se na imaginaria Lapónia, já não se enxergam por cá. Agora há que preparar as mentes humanas para a passagem do ano civil. Hábitos a que nos habituamos sem compreender bem o porque de tanta festa, de tanta euforia, já que o tempo não muda, não desacelera, nem acelera. O tempo nada nos traz, somos nós que o preenchemos, que o tornamos mais leve ou mais pesado, mais colorido ou mais negro.
São
só apenas doze badaladas e parece que o mundo muda no instante
seguinte, que com elas terminam as guerras e os ódios, acaba a exploração
do homem pelo homem, que por causa das doze badaladas o ciúme morre
deixando de existir a “violência doméstica” entre os
casais, os namorados e até nos separados e divorciados. Como se com
as badaladas que anunciam o novo ano, as televisões deixassem de ser
submissas ao capitalismo avaro, e se tornassem veículos de
educação e motivação positiva dos seus ouvintes; nas cidades os
vizinhos passassem todos a cumprimentarem-se quando se encontram, nas
vilas e nas cidades deixasse de haver veículos estacionados em cima
dos passeios para os peões; os humanos que passeiam os seus cães
nas ruas e nos jardins passassem todos a utilizar o saco de plástico
para acondicionarem os dejetos dos seus animais. Como se no dia
seguinte às doze badaladas os políticos deixassem de fazer tantas
promessas irrealizáveis e utópicas; no trabalho a lei principal
passasse a ser o “bom-senso” entre os trabalhadores, sindicatos,
administradores e patrões; por último, para não ser maçudo, que o
Estado com os seus funcionários, trabalhadores, colaboradores,
directores, assessores, consultores e Ministros, passasse a ser uma
“Pessoa de Bem”, cumpridor dos seus deveres para com os seus
cidadãos, duro com os prevaricadores das regras e da ordem
institucional por forma a deixar a imagem de um Estado
forte com os pobres e desprotegidos mas fraco com os poderosos do
capital.
Por
mim já há uns dias que mudei de ano acrescentando mais um digito à
soma dos anos.
Para
os que gostam de viver a ilusão da passagem de ano, e para os
indiferentes como eu, desejo a todos que a vida corra mais leve e
mais colorida em 2018 do que nestes últimos anos da nossa existência
colectiva.
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