domingo, 12 de setembro de 2021

21.07.22

 

De madrugada acordo. Ouço o silêncio. O mar deve continuar calmo. Imagino as gaivotas na areia da praia. Os pássaros e as rolas ainda dormem. É madrugada escura ainda. A Sacha olha-me interrogativa. Deita-se aos meus pés. Escrevi coisas sobre o cartão. Não era este cartão o mais aguardado. A esperança persiste ténue mas persiste. Vai-me acompanhar. Até quando não sei. Mas sei que caminha comigo ao meu lado.


Saímos para a manhã cinzenta e fria. As ruas dormiam ainda. O mar na vazante e calmo. Uma rola voa de um telhado para outro. Apenas um carro passou por nós. Subimos a duna para falar com o Senhor de todos os céus. A vista perde-se na fusão dos azuis do mar com os cinzentos das nuvens. No mar imenso um barquito da pesca desportiva tenta a sua sorte. Caminhamos depois pelas dunas. A Sacha sente-se feliz correndo e saltando livre da trela. Na volta encontramos outros madrugadores. A vida na pequena Consolação estava a começar.


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