terça-feira, 14 de setembro de 2021

21.07.30


 

Saíram cedo para o passeio matinal. O tempo cinzento esperava-os com aquela chuvinha que sem se notar vai refrescando a própria roupa. Frente ao mar agradeceu ao Senhor criador de todas as coisas finitas e infinitas, de todas as coisas visíveis e invisíveis. A sua amiga senta-se aguardando que ele fale com os deuses do além para depois quando ele acabar as suas conversas com o infinito de vários tons de azul a solte para ela poder correr e saltar vivendo o contentamento da sua liberdade.

Quando regressam ele prepara-lhe a refeição da manhã e depois prepara o seu próprio pequeno-almoço.

Como o tempo estava cinzento e fresco, sentou-se no sofá olhando indeciso se ligava a televisão para ouvir a rádio mas nem isso fez. Arrumou o livro que ontem terminou de ler. Livro que o levou de volta a Angola e à cidade de Luanda. A nostalgia daquela terra e daquelas pessoas ainda o acompanham passados que são quarenta e muitos anos em que por lá viveu dois anos de guerra. Tem vários livros para começar a ler. Entre "A Galeria dos Notáveis Invisíveis" de Afonso Valente Batista, o "Angoche Os Fantasmas do Império" (de novo as questões da guerra colonial) de Carlos Vale Ferraz e "A Ditadura Da Felicidade" de Edgar Cabanas e Eva Illouz. Escolheu começar pelo primeiro "A Galeria dos Notáveis Invisíveis". Assim passou a manhã a ler. À hora de almoço aqueceu no micro-ondas parte do grão com mão de vaca que ontem foi comprado em "take away" na Lourinhã. Um prato de comida forte a pedir uma caminhada pela beira-mar depois de ir tomar um café.

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