terça-feira, 8 de março de 2022



Desde que se lembra, neste designado domingo gordo ao almoço comia-se a bexiga do porco. Mesmo quando viveram no litoral Penicheiro a sua avó materna sempre despachava uma pequena cesta com enchidos a tempo de se poder manter a tradição. Quando os seus pais regressaram à terra, recuperou-se a tradição de no domingo o mais tardar terça feira de Carnaval comer-se a bexiga de porco, porque depois no calendário litúrgico entra-se na quaresma, um tempo de abstinência. Ainda ajudou a temperar e a encher algumas bexigas, nos anos em que os pais criavam o porco para a matança.

No ano anterior veio depois do Carnaval e não pode deliciar-se a comer o pitéu. Este ano preparou-se para vir a tempo de passar no talho em Idanha-a-Nova e comprar uma para o seu almoço de domingo gordo. Assim fez preparando-a com todo o cuidado, acompanhando com uns grelos, batata cozida e arroz. Para acompanhar um tinto do Douro, que para ele é a melhor região de vinhos de mesa que há no país e arredores.

Uma tradição, um pitéu regional que na sua ideia merecia ser tratado e divulgado por forma a dar a conhecer aos amantes da boa mesa mais um bom prato da cozinha regional.

Este ano faltou ao sável frito com açorda, mas não falhou a lampreia a convite dos primos e hoje a bexiga de porco que estava e está ótima. Não se pode queixar.

Para ajudar a queimar as calorias aceitou o convite do amigo António Faria Justo e com os amigos João Ramalhete e Jorge Boavida foram até Segura percorrer o circuito do trilho das minas, que há dois anos está dado como indisponível no sítio do Município. Um passeio a merecer reflexão noutro escrito. 

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