O
Sr. PM
naquele seu jeito
de falar
a
sorrir
para satisfação de muitos dos
seus apoiantes disse
que, «teremos de voltar a produzir aquilo que
nos
habituamos a importar da China». Uma frase bonita para
esta
ocasião mas,
… e depois, … será
mais uma vez,
palavras leva-as o vento ou olha para o que eu digo e não para o que
eu faço? Sr.
PM tenha cuidado com o que diz, olhe que o populismo é um outro
vírus que esta infectando a classe política e o Sr. PM é um
político. Cuidado.
Vejamos
o
que depois desta batalha ser ganha irá fazer o
seu Governo com:
-
Repito, depois de vencida esta batalha pandémica causada pelo
covid-19, o Laboratório Militar irá continuar a ter os apoios
necessários para poder produzir e garantir o stock não só do agora
mais que famoso gel, mas dos não menos famosos testes e outros
genéricos para fornecimento às estruturas militares assim como ao
SNS e outros organismos do Estado? Ou irá de novo ver as suas
potencialidades paradas servindo apenas para se nomearem para a
Administração algumas figuras amigas, militares ou não?
-
Irá o Estado que o Sr. PM é o líder, ter coragem para recuperar o
antigo Hospital Militar de Doenças Infecto Contagiosas da Ajuda e
que uma petição publica solicitava a sua recuperação sendo
atribuído ao Hospital o nome do Capitão Salgueiro Maia?
-
Por agora e para acabar, Que futuro e que meios irá o Estado dar ao
IMM?
Fico-me
por aqui no
que respeita à Saúde.
Mas
não posso deixar de relembrar o Sr.
PM que até criou um Ministério para a Coesão
Territorial,
que políticas de ajudas o Governo irá ter para os agricultores
produtores
de melancia que
na campina de Idanha a Nova a produzem com excelente qualidade mas
com
grandes dificuldades em a poderem vender junto das grandes cadeias de
distribuição que preferem produto de inferior qualidade mas mais
barato, vendendo
por vezes “gato por lebre”?
Vai o Estado interferir nas políticas agressivas das cadeias de
distribuição junto não só dos agricultores produtores como até
de muitas pequenas e médias estruturas nacionais
agrícolas,
de pesca, agro-industriais
e
outras?,
sabendo todos nós que essas grandes cadeias de
distribuição preferem
ter as suas sedes no
exterior em
off shores fiscais que a própria União Europeia permite e defende
dentro da sua própria união(?). O Sr. PM falou curto, grosso e bem, quando
se referiu ao pensamento do
“copinho de leite” holandês, mas Sr.
PM não
tenho conhecimento que já se tenha dado
um murro na mesa pedindo
a uniformização fiscal na União Europeia para que se aplique aos
“empresários espertos” o mesmo regime fiscal em todo o
território da União ou na Zona Euro.
Cuidado
Sr. PM, com
as palavras não
caia
no
populismo
ao
dizer coisas que depois na pratica podem ser esquecidas, até porque
é difícil produzirmos a custos mais baixos do que os chineses. Será
que o seu Governo Sr. PM irá alterar as condições
das
rendas absurdas
dadas aos chineses da EDP e da REN? Será que o seu Governo irá
financiar o preço dos combustíveis? Será que o seu Governo será
capaz de obrigar as empresas de comunicação a praticarem outros
preços às empresas produtores de bens transacionáveis e
exportadoras?Basta
Sr.
PM olharmos
para o custo da energia (electricidade e combustíveis) e
comunicações para
se entender parte significativa dos nossos custos de produção.
Depois
o Sr.
PM até
sabe que o
ADN do seu partido não lhe permite grandes intervenções estatais
na economia de mercado. Será que o Sr. PM quer alterar as regras da
nossa economia de mercado e que tantos desgostos e sacrifícios têm
causado aos
mais pequenos
da nossa sociedade?
Se assim for cá estarei para, não só lhe dar o beneficio da dúvida
como para o aplaudir. Contudo tenho muitas
duvidas
que
seja capaz de o fazer.
Cuidado Sr. PM, não se entusiasme para não cair no populismo barato de
outras tristes figuras da nossa praça.
Repare
bem Sr. PM que não o estou a criticar mas, gato escaldado de água
fria tem medo! É
que a minha ideologia e a minha religião Sr. PM é a do “Bem
Social”. É
por isso que não
lhe peço nada para mim pessoalmente. Prefiro
caminhar pela outra margem e não pertencer a nenhum dos vários
rebanhos que vão existindo quer a aplaudi-lo quer
a critica-lo.
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