terça-feira, 21 de abril de 2020

Trigésimo quarto dia do resto das nossas vidas


Riscos e riscos só riscos. Riscos na saúde. Riscos na economia. Riscos por todo o lado para onde possamos olhar.
Depois da crise financeira 2008 começamos a ouvir falar em os países contraírem empréstimos a taxas negativas; os bancos com taxas de juros negativas. Sem ainda percebermos muito bem esta pandemia que nos remete a ficarmos em casa sem que vejamos a luz ao fundo do túnel. Com o confinamento social em virtude da pandemia temos as economias em stand by sem que se encontre o melhor caminho que possa conjugar saúde e economia. Ontem contaram-nos mais uma história verdadeira ao falarem no mercado de futuros do crude em Nova York com cotações negativas, isto é empresas vendedoras a oferecerem o barril e a dar dinheiro a quem comprou.
Nuvens só nuvens negras carregadas de incertezas, ou seja mais riscos e riscos para um futuro a cada dia que passa mais incerto.
Por cá as aves agoirentas, os agentes do diabo e outros representantes dos eunucos andam espalhando as notícias como sendo eles os únicos representantes da verdade.
A medida que os ouço vou ficando cansado não só de os ouvir como também de observar os medos e as vaidades dos que nos devem governar.
Proporcional ao cansaço sinto a revolta a crescer-me no peito. Tento acalma-la iludindo-me. Ao acordar de manhã rodeado deste silêncio tamanho noto que ela cresceu mais um pouco dentro de mim.
Não tenho medo do vírus, mas começo a ter medo de mim.

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