Vigésimo dia do resto das nossas vidas

E ao vigésimo dia a discussão sob o uso de máscara por causa da infecção que o vírus pode causar aumenta de som, com opiniões por vezes divergentes. Por mim sigo o parecer da DGS que segue as recomendações da OMS. Respeito o parecer dos médicos que opinam a favor do uso da máscara. Respeito mas trabalhei 10 anos na indústria farmacêutica e vi coisas da classe médica que não passam pela cabeça do cidadão comum. E como não me parece que a situação por parte da classe médica tenha mudado muito nos últimos anos, sigo por isso as orientações da DGS.

Devemos ser regados, cuidadosos, sensatos sempre em todas as fases da vida, assim como ter cuidado com a nossa própria higiene. Foi isso que nos ensinaram os nossos pais, aprendemos na escola primária que naquele tempo a creche dos rapazes era o brincar livremente na rua.

Quase toda a pandemia a favor do uso generalizado da máscara tem como objectivo pôr em causa a capacidade, a qualidade da líder que com esforço, dedicação à saúde pública de todos nós não abandonou nunca o seu posto de comando na DGS. Se cometeu erros de análise, deve te-lo feito sem intenção de errar. É a minha quase absoluta certeza. Eu sigo os seus conselhos e escuto atentamente a sua voz que mesmo super cansada de tanto trabalho de tanta luta enfrentar, procura ser objectiva sem olhar ao politicamente correcto.

Outra análise que os órgãos de comunicação social televisivos enviesam é o que se passa nos lares pertencentes à gestão de algumas Misericórdias. Com presidentes e autarcas num «ai Jesus que nos acudam» televisivo que os do Governo não nos ligam nenhum, mas só quando o mostrengo da morte se instalou nos seus lares se lembraram de aparecer nos canais televisivos. Depois da casa roubada trancas à porta, que a culpa é do Governo ou até mesmo dos militares que fizeram aquele golpe anti constitucional no 25 de Abril de troca o passo.

Se os do Governo e a DGS actuam tarde e em reacção à pandemia, o que é que esses senhores que agora estão tão aflitos andaram a fazer este tempo todo? Ficaram à espera de quê com uma rezas e uns pedidos ao Deus do céu a coisa passasse ao lado? Porque não olharam à atitude do autarca de Ovar?

A procissão ainda vai no adro, muitos outros buracos irão acontecer nesta caminhada sendo melhor aguardar que a batalha termine para se comentar de forma mais assertiva o que se vai passando pelo país invadido silenciosamente pelo fdp do vírus covid-19.

Não irei contar os mortos. Lamento todas as vidas que se perderam já e vamos continuar a assistir nesta guerra pandémica. O que desejo, o que gostaria de ver quer da parte dos Governantes quer de alguns dos seus opositores políticos e “lobistas”, que de uma vez por todas vejam bem a necessidade que o país tem de um Serviço Nacional de Saúde público robusto, sólido, vigoroso, com alguma capacidade de "jogo de cintura" sem por em causa a sua sustentabilidade no serviço universal a todos os cidadãos.

Aguardemos os próximos capítulos que nesta guerra contra a pandemia não há vencedores. Só há vencidos, para poderem aprender a olhar a vida no Planeta com outro olhar e um dia poderem contar aos seus netos o medo e a desgraça que o fdp do vírus covid-19 provocou nas suas vidas.

Muitos filmes e livros irão aparecer no mercado inspirados pela pandemia que o fdp do vírus causou, mas nada há como as histórias dos avós contadas ao serão quando as televisões ainda não tinham invadido as nossas casas para silenciosamente os senhores que manobram os cordelinhos poderem controlar as nossas formas de pensar e viver a vida.

Aguardemos pois que o tempo não volta atrás, nem o movimento de rotação do Planeta é no sentido contrário aos ponteiros do relógio.