terça-feira, 28 de abril de 2020

Quadragésimo primeiro dia do resto das nossas vidas


Que fazer nestes dias em que tudo parece igual numa igualdade tão monótona e repetitiva que nos afecta a maneira até como olhamos o céu na esperança de vermos algo diferente que nos anime e nos acorde para a realidade de um futuro que mais do que nunca é incerto, onde iremos entrar às apalpadelas sem vislumbrar qualquer ponta de luz lá à frente onde a vista alcança a desejada esperança de novos tempos, onde nem sequer vamos saber que chão vamos pisar no próximo passo a dar.

Ouvimos muitas notícias que são apenas histórias desejos algumas certezas de meias verdades outras meias mentiras simplesmente falsas, noticiadas, amanhadas, engendradas por lobistas a soldo dos interesses ocultos dos homens sem rosto que confiam e aguardam nos seus palácios o momento de poderem recuperar a acumulação do capital financeiro que por motivos desta pandemia viral ficou como que retida, suspensa, adiada apenas e só isso, que políticos zelosos, diligentes mais à esquerda, mais à direita ou mais ao centro todos procuram de formas diferentes mas idênticas na essência do indispensável, voltar a repor a ordem antiga, a antiga ordem das sacrossantas leis do mercado que lhes permitiam dissimuladamente serem cada vez mais ricos, mais poderosos, mais senhores do mundo à sua maneira, a seu belo prazer, pagando a zelosos funcionários de bom prosear que colocados em pontos estratégicos irão continuar a saga da evangelização da acumulação do capital financeiro com propaganda enganosa ora de que se queres ser vencedor terás de ser o mais arrogante, o mais poderoso chico-esperto e não o mais tolerante, o mais culto e honesto, ora aproveitando as dificuldades de uma vida de ramerrão rotineiro cheio de dificuldades, espinhos, percalços, ansiedades, nos vendem ilusões de felicidades criando um mundo de “prosmiscuidade social” globalizante para que possamos viver a ideia de liberdade como eles a entendem e nos facilitam.
Neste quadragésimo primeiro dia, sabemos que no futuro virá a tão desejada e almejada vacina para deixarmos esta vida de medo colectivo insustentável. Aprendemos que a quarentena é a medida eficaz para os infectados, não para todos os outros pelo que a prioridade é e será saber quem está infectado ou se deixou infectar para que possam ser tratados.
Não tenho grande expectativa sobre o que os governantes nos irão dizer hoje ou nestes dias sobre o que vamos fazer no futuro. Serão eles capazes de delinearem, traçarem, projectarem medidas políticas para que no futuro o ser humano possa ser revalorizado, investindo naquilo que hoje mais do que ontem é fundamental, investir na educação; para que as novas gerações que irão garantir a continuidade do país aproveitem as grandes e profundas transformações da comunicação em que vivemos, por forma a que os mais interessados no saber possam dar continuidade aos que no passado histórico deram novos mundo ao mundo.
Entretanto:
Era bom que pudéssemos parar o relógio do tempo e meditássemos sobre:
- O que é a vida de forma integrada?
- O que somos nós potencialmente?
- Porque deixaram as crianças de fazer calculo mental?
- Porque não se dá importância aos números na formação racional do cérebro das crianças?
- Onde nos leva uma educação que visa simplificar o trabalho da criança impedindo-a de se esforçar face a dificuldades graduais?

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