Que
fazer nestes dias em que tudo parece igual numa igualdade tão
monótona e repetitiva que nos afecta a maneira até como olhamos o
céu na esperança de vermos algo diferente que nos anime e nos
acorde para a realidade de um futuro que mais do que nunca é
incerto, onde iremos entrar às apalpadelas sem vislumbrar qualquer
ponta de luz lá à frente onde a vista alcança a desejada esperança
de novos tempos, onde nem sequer vamos saber que chão vamos pisar no
próximo passo a dar.
Ouvimos
muitas notícias que são apenas histórias desejos algumas certezas
de meias verdades outras meias
mentiras simplesmente
falsas, noticiadas, amanhadas, engendradas por lobistas a soldo dos
interesses ocultos dos homens sem rosto que confiam
e aguardam
nos seus palácios o
momento de poderem
recuperar a acumulação do capital financeiro que por motivos desta
pandemia viral
ficou como que retida,
suspensa,
adiada
apenas e só isso, que políticos zelosos, diligentes
mais à esquerda, mais à direita ou mais ao centro todos
procuram de
formas diferentes mas idênticas na essência
do
indispensável, voltar
a repor a ordem antiga, a
antiga ordem
das
sacrossantas leis do mercado que
lhes permitiam
dissimuladamente
serem cada vez mais ricos, mais
poderosos, mais
senhores do mundo à sua maneira, a
seu belo prazer, pagando
a
zelosos funcionários de
bom prosear que
colocados em pontos estratégicos irão continuar a saga da
evangelização da
acumulação do capital financeiro com
propaganda enganosa ora de que se
queres ser vencedor
terás
de ser
o mais arrogante,
o mais
poderoso chico-esperto e não o mais tolerante, o mais culto e
honesto, ora aproveitando as dificuldades de uma vida de
ramerrão rotineiro
cheio
de dificuldades, espinhos, percalços, ansiedades,
nos vendem ilusões de felicidades criando
um mundo de “prosmiscuidade social” globalizante
para que possamos viver a ideia de liberdade como eles a entendem e
nos facilitam.
Neste
quadragésimo primeiro dia, sabemos
que no futuro virá a tão desejada e almejada vacina para deixarmos
esta vida de medo colectivo insustentável. Aprendemos que a
quarentena é a medida eficaz para os infectados, não para todos os
outros pelo que a prioridade é e será saber quem está infectado ou
se deixou infectar para que possam ser tratados.
Não
tenho
grande expectativa sobre
o
que os governantes nos irão dizer hoje ou nestes dias sobre o que
vamos
fazer no futuro. Serão eles capazes de delinearem, traçarem,
projectarem medidas políticas para que no futuro o ser humano possa
ser revalorizado, investindo
naquilo que hoje mais do que ontem é fundamental, investir na
educação; para que as novas gerações que irão garantir a
continuidade do país aproveitem
as grandes e profundas transformações da comunicação em que
vivemos, por
forma a que os mais
interessados
no
saber
possam dar
continuidade aos que no passado histórico deram novos mundo ao
mundo.
Entretanto:
Era
bom que pudéssemos parar
o relógio do tempo e meditássemos sobre:
-
O que é a vida de forma integrada?
-
O que somos nós potencialmente?
-
Porque deixaram as crianças de fazer calculo mental?
-
Porque não se dá importância aos números na formação racional
do cérebro das crianças?
-
Onde nos leva uma educação que visa simplificar o trabalho da
criança impedindo-a de se esforçar face a dificuldades
graduais?
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