
O
vazio deste tempo faz-me mal. Vejo coisas que não queria ver.
Anunciaram a obra de requalificação do parque já existente junto
das escolas, das paragens dos autocarros sub-urbanos e da estação
dos comboios, com pompa e circunstância. Realizaram a obra, deitando
velhas árvores abaixo
e no final plantando novas.
Colocaram três terminais para abastecimento dos carros eléctricos.
E,
como não podia faltar placa comemorativa do feito. Tudo numa boa.
Talvez mesmo tivessem celebrado a obra com um faustoso almoço.
Não
conheço ninguém do executivo da câmara nem da junta de freguesia.
Sei que os executivos pertencem a partidos políticos diferentes. O
que eu sei é o que vejo. O que vejo são factos. Factos que me
entristecem. Não ponho em causa a obra, porque não tenho saber para
tal, mas as fotos falam por si. Alguém responsável aprovou a obra
sem inspecionar a qualidade da mesma, porque as culpas não as imputo
ao empreiteiro. Alguém da Autarquia deu a concordância a uma obra
com imperfeições e esse responsável continua de papo cheio no seu
trabalho porque não deve precisar de utilizar
a obra que aprovou nem deve andar
de transportes públicos.
A
outra situação prende-se com a Junta de Freguesia, que por causa do
poder contagioso do vírus covid-19 cancelou os aparelhos de
ginástica de manutenção. Cancelou e bem. Mas porra, o funcionário
que executou o cancelamento é iletrado ou não reparou como deixou o aviso? Nenhum responsável da Junta
reparou na forma como ficou colocado o aviso?
Como
é que a abstenção nas eleições não há-de subir, se os próprios
interessados em assumir os cargos em disputa se abstêm
eles próprios de zelar pelo bom desempenho
das suas competências.
Estes
organismos da periferia da
cidade grande deveriam ter
receitas iguais aos concelhos e juntas de freguesia do interior para
os políticos que as gerem
aprenderem a não desbaratar
de qualquer jeito o dinheiro que se dispõe à
sua ordem.
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