quarta-feira, 17 de novembro de 2021

21.08.12 História


 

Porque gosto de saber da nossa história, não como me ensinaram na escola do livro e pensamento único, mas da outra história feita de muitas histórias escondidas pelos poderes.

Fui parte integrante e activa na última guerra em que o nosso país esteve enredado. Dois anos me roubaram de vida. Dois anos que me fazem olhar sem sentimento de revolta ou de nacionalismos populistas para as guerras que no passado fizeram de nós o país que somos hoje.

Vejo publicitar a presença dos Templários em Monsanto e Penha Garcia, quando na verdade os mesmos Templários foram donos e senhores de todas estas terras que pertencem ao nosso Município e presumivelmente já existiam Salvaterra do Extremo, Rosmaninhal e talvez mesmo Segura. Mas para alguns dos poderes de agora Templários só em Monsanto e Penha Garcia.

O mesmo se passa com as celebrações com o rei Wamba dos visogodos em Idanha a Velha quando o apogeu da velha Egitanea (Idanha a Velha) ocorreu com a presença dos romanos e não no tempo dos visigodos.

Não ouço nem vi até hoje qualquer celebração oficial, qualquer placa comemorativa da entrada por Segura da Primeira Invasão Francesa a 19 de Novembro de 1807 cujo exército de franceses e castelhanos chegou depois a ocupar Lisboa. Porque não se evoca esta data da nossa história com um evento comemorativo celebrando a Paz e a União que os três povos envolvidos vivem nos dias de hoje? Esta e outras datas históricas das guerras que nossos antepassados travaram e que pelas terras do Município entraram, passaram ou saíram não merecem evocação aos senhores do poder em Idanha-a-Nova, só Templários e o tal rei Wamba visigodo é que fizeram parte da história do Município.

Um povo sem memória não tem história e sem história não há memória colectiva agregadora.

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