quarta-feira, 24 de novembro de 2021

21.09.25 Tristezas

 Há alturas na minha vida em que te recordo pai com um pouco de satisfação por já cá não estares.

Recordo-te e sorrio não sei se de tristeza se de raiva, porque conheço o profissionalismo e a integridade profissional do jornalista que publica as presumíveis manigâncias oportunistas daqueles que tu achavas serem um exemplo de bons gestores das causas públicas mas que afinal não passam de seres iguais ou mesmo piores dos que aqueles tu condenavas veemente.

Ainda bem que já cá não estás porque assim não sofres a desilusão de saberes as presumíveis trafulhices daqueles que achavas serem não só teus amigos como exemplos de autarcas honestos e imparciais na defesa do bem público.

Eu bem te avisava para não seres tão crente com os políticos que julgavas amigos. Infelizmente poucos são os políticos que não seguem a máxima de «olha para o que eu digo e não para o que eu faço». Ainda os há mas são cada vez menos.

Ao ler a reportagem do jornal Público do dia 25 relembro também as preocupações e zangas que a mãe tinha por andares na política quase a mando de um sujeito baixinho que depois se achou grande porque pensaria ele que na terra de cegos quem tem olho é rei.

Gente pequena no tamanho mas grande quando se olham ao espelho e perguntam tal como a bruxa da Branca de Neve: - "espelho meu há alguém mais esperto do que eu nesta terra perdida e esquecida do interior?"

Gente pequena de ética que ignora a capacidade, o profissionalismo e a integridade moral de todos os que lutaram desde a sua juventude contra o sistema da corrupção salazarista de que tu também foste vítima, e que depois de Abril74 continuaram o seu caminho de luta contra os que em democracia não respeitam a transparência que o exercício do poder impõe aos Democratas de verdade.

Não me interessa o que a Justiça do sistema ache ou não das várias presumíveis trafulhices que o sr. e os seus amigos no poder Municipal vêm executando ao longo dos últimos anos, porque como eu te dizia nas várias conversas que tínhamos os dois, já tu estavas no Lar, a Justiça nunca é independente antes pelo contrário, ela representa sempre e tão só o poder da classe dominante e hoje sabemos tristemente que a classe dominante de Portugal é tudo menos transparente de ética e moral exemplar, sendo uma Justiça amiga dos pretensiosos ricos mesmo quando se revelam vigaristas, veja-se o caso de um tal Rendeiro que julgado e condenado pelas vigarices enquanto banqueiro (BPP) o deixaram ir viver dos rendimentos para Londres. E por aqui me fico por agora pai.

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