quarta-feira, 17 de novembro de 2021

21.08.13 Turismo



 

Não acredito no Turismo como alavanca de desenvolvimento seja do país seja de uma região. E, até que me demonstrem existir um país cuja economia desenvolvida teve por base o turismo, não acredito nessa alavanca.

O turismo é necessário mas não é um motor de enriquecimento de um país ou de uma região. Pertencendo a actividade turística ao sector terciário da economia depende em grande parte dos outros dois sectores, o sector primário onde se inclui as actividades agrícolas e pescatorias, assim como, do sector secundário ou seja o industrial ou transformador.

Nos últimos anos viveram as contas públicas mascaradas com as receitas do turismo que por força dos conceitos liberais passou a ser considerado como uma exportação de serviços. É certo que o turismo cria oportunidades de emprego. Um emprego que na sua grande maioria não passa de trabalho precário e sazonal que mascara as estatísticas do desemprego na época de Verão.

Com oitocentos e tantos anos de história ao qual podemos juntar outros tantos anos ou mais de vida dos Homo Sapiens nestas terras, que turismo cultural o país desenvolveu? Será cultura o desordenamento urbanístico do litoral com o plantio anárquico de cogumelos de betão para vendermos o Sol e a nossa cortesia de bem receber os povos do Norte da Europa?

Na nossa região do interior esquecido, pobre economicamente, rico em história que tem o Governo e o Município feito ao longo dos anos para o desenvolvimento quer da actividade económica quer do próprio turismo cultural para lá das escavações e estudos que se realizam em Idanha a Velha. Se é certo que há fósseis marítimos nas escarpas de Penha Garcia é lógico que há milhões de anos toda esta região do Município esteve coberta pelas águas do mar. Que roteiros, que caminhos foram pesquisados e desenvolvidos para além de Penha Garcia?

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