Não acredito no Turismo como alavanca de desenvolvimento seja do país seja de uma região. E, até que me demonstrem existir um país cuja economia desenvolvida teve por base o turismo, não acredito nessa alavanca.
O turismo é necessário mas não é um motor de enriquecimento de um país ou de uma região. Pertencendo a actividade turística ao sector terciário da economia depende em grande parte dos outros dois sectores, o sector primário onde se inclui as actividades agrícolas e pescatorias, assim como, do sector secundário ou seja o industrial ou transformador.
Nos últimos anos viveram as contas públicas mascaradas com as receitas do turismo que por força dos conceitos liberais passou a ser considerado como uma exportação de serviços. É certo que o turismo cria oportunidades de emprego. Um emprego que na sua grande maioria não passa de trabalho precário e sazonal que mascara as estatísticas do desemprego na época de Verão.
Com oitocentos e tantos anos de história ao qual podemos juntar outros tantos anos ou mais de vida dos Homo Sapiens nestas terras, que turismo cultural o país desenvolveu? Será cultura o desordenamento urbanístico do litoral com o plantio anárquico de cogumelos de betão para vendermos o Sol e a nossa cortesia de bem receber os povos do Norte da Europa?
Na nossa região do interior esquecido, pobre economicamente, rico em história que tem o Governo e o Município feito ao longo dos anos para o desenvolvimento quer da actividade económica quer do próprio turismo cultural para lá das escavações e estudos que se realizam em Idanha a Velha. Se é certo que há fósseis marítimos nas escarpas de Penha Garcia é lógico que há milhões de anos toda esta região do Município esteve coberta pelas águas do mar. Que roteiros, que caminhos foram pesquisados e desenvolvidos para além de Penha Garcia?
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